Mesmo com ILS, aeroporto de Maringá tem dois voos cancelados
Dois voos não conseguiram pousar no aeroporto de Maringá, nessa segunda-feira, 27, por causa do mau tempo. O ILS, equipamento que auxilia pousos em dias de nevoeiro, não foi suficiente para garantir a operação.
O Instrument Landing System começou a ser usado em janeiro deste ano no município, com o objetivo principal de garantir pousos em situações de baixa visibilidade.
No Paraná, apenas Curitiba e Foz do Iguaçu contavam com equipamentos assim e, no Brasil, apenas 36 aeroportos possuíam o sistema de pouso.
De 10 voos programados para o dia, dois tiveram cancelamento. Um dos passageiros afetados foi o empresário Michel Felippe.
“Esse voo atrasou pra sair de São Paulo e quando saiu de São Paulo ele veio para Maringá, não conseguiu pousar, não deu o teto aqui em Maringá, e voltamos pra São Paulo. Acabei tendo que pegar um outro voo de noite, fiquei o dia inteiro tentando vir pra Maringá”, explica ele.
O superintendente do Aeroporto de Maringá, Fernando Rezende, explica que apesar de o ILS ajudar a diminuir o cancelamento de voos, há condições climáticas severas que impedem que o sistema auxilie totalmente os pilotos a tomarem decisões para pousos e decolagens.
Nessa segunda-feira foi registrado forte nevoeiro na cabeceira da pista que tem o ILS e onde ocorrem 90% dos voos. A névoa encobriu boa parte da pista e ficou bem próxima do chão. Contudo, ele afirma que, sem o equipamento, o número de voos cancelados no dia seria maior.
“Antigamente, antes do ILS, o piloto precisava de 2 mil metros para tomar a decisão de pouso e ele precisava ter um teto em torno de 550 pés, o que daria mais ou menos 180 metros. Então, o ILS está funcionando normalmente, mas não é em todos os casos que ele atua de maneira eficaz, como a gente tem falado aqui muitas vezes. Olha, o ILS vai resolver 80%, 90% dos casos, mas talvez nunca a gente pode falar que é 100%, porque vai ter dias que realmente o nevoeiro está muito baixo”, esclarece Fernando Rezende.
