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08 de setembro de 2024

Jovem de Maringá tem mudança radical na voz após uma sessão de fonoaudiologia; vídeo viralizou


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 30/05/2024 às 07h55
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O vídeo de João Pedro, de 15 anos, estudante de um colégio militar em Maringá, em sessão de fonoaudiologia, viralizou nas redes sociais. Isso tudo graças à mudança em sua voz.

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Jovem de Maringá tem mudança radical na voz após uma sessão de fonoaudiologia. Foto: Luciana Peña/CBN Maringá

Há dois anos João Pedro sofria bullying por causa da voz, muito fina. Mas logo na primeira sessão, a voz engrossou.

A fonoaudióloga de João Pedro, Denise Pimentel, explica que o adolescente sofria de uma patologia comum: a muda de voz incompleta. Nas redes sociais, muita gente se identificou com o João Pedro e relatou problemas semelhantes.

Tanto meninos quanto meninas passam por esta fase, mas os meninos são mais afetados porque a mudança na voz é maior.

A muda de voz incompleta pode ter relação com hormônios ou questão fisiológica, mas o mais comum é que esteja relacionada com uma questão emocional e por isso a técnica correta de fonoaudiologia é capaz de fazer com que a nova voz surja.

E é como andar de bicicleta, depois de mudar a voz, nem precisa mais de exercício, a nova voz se consolida.

A fonoaudióloga Denise Pimentel explica o que é a muda de voz incompleta.

“Quando a criança passa entre a infância até a fase adulta, há uma alteração anátomo-fisiológica. A laringe muda, a laringe cresce, a prega vocal cresce. E nessa passagem, como a criança vai crescendo, vai perdendo a roupa, a laringe vai crescendo e vai mudando a voz. Nessa mudança de voz, geralmente a criança vai mudando um tom por mês, um tom a cada três meses, ela vai descendo gradativamente a voz. A muda vocal incompleta, a laringe cresce, a prega vocal cresce, mas ela recua e ela percebe, assim, ela não consegue ter a maturidade para mudar o timbre da voz por vários aspectos psicológicos. Pode ser também fator hormonal, mas geralmente não tem nenhuma alteração no músculo vocal e nem no organismo da criança ou já do adolescente. É uma questão mesmo psicológica, que nós chamamos isso de disfonia psicogênica. É uma dificuldade de emissão da voz que faz com que desenvolva essa patologia que a gente chama de muda vocal incompleta”, disse Denise.

João Pedro, que chegou a desistir da aula de karatê por causa da voz fina, agora está feliz da vida falando grosso.

“Minha voz era muito fina, né? Daí no colégio eu sofria bullying. Não falavam diretamente pra mim, mas coxichavam e eu via isso, ficava mal, isso afetava minha identidade. E… é, ficava triste. No karate também…Fiz todo o tratamento, né? É, eu pensei em desistir, sair do karate por causa dessa questão e acabei saindo mesmo, eu conversei com o meu pai, com a minha mãe, daí a gente buscou encontrar ajuda pra conseguir resolver. E agora estou feliz, tô confiante, agora estou mais tranquilo. É isso, estou mais feliz. Falando grosso agora”, disse o jovem.

Com a repercussão do caso, a fonoaudióloga foi procurada por profissionais da rede pública pedindo ajuda para pacientes com o problema e o João Pedro foi convidado para ser garoto propaganda de uma empresa. Voz de artista.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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