Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

03 de julho de 2024

Jockey recebe público após lei proibir corrida de cavalos: ‘Queria ver de perto’


Por Agência Estado Publicado 29/06/2024 às 19h38
Ouvir: 00:00

A decisão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de sancionar o projeto de lei que proíbe as corridas de animais para apostas e jogos de azar provocou uma movimentação incomum no Jockey Club de São Paulo, neste sábado, 29. Frequentadores correram ao maior hipódromo do País, muitos pela primeira vez, para conhecer de perto o turfe antes de uma eventual proibição total.

Até os gestores do espaço se surpreenderam com o movimento, não pela quantidade – não foi uma multidão que se formou na portaria imponente e tradicional na avenida Lineu de Paula Machado, na Cidade Jardim. Eles se espantaram com as pessoas que procuraram a área nobre pela primeira vez, curiosos para descobrir o espaço que ocupou parte do noticiário ao longo da semana

Foi o caso da servidora pública Soraya Teles, de 26 anos, e do assistente comercial Bruno Alves, de 32 anos, que resolveram conhecer o local antes de uma eventual decisão definitiva sobre o fim do turfe em São Paulo. “Nunca tive visto uma corrida de cavalos e fiquei curiosa. É um espaço muito bonito”, afirmou.

O PL, de autoria do vereador Xexéu Trípoli (União), foi aprovado pela Câmara Municipal em segundo turno. “Ficam proibidas atividades desportivas que utilizem animais, como corridas, disputas ou qualquer outra prova, com a respectiva emissão de bilhetes de apostas, ainda que por meio digital ou virtual”, diz o texto.

De acordo com a Prefeitura, a sanção do prefeito será publicada no Diário Oficial na segunda-feira, 1º. Com isso, estabelecimentos que promovem atividade do tipo terão 180 dias, ou seja, seis meses para se adequar à medida, podendo ser penalizados em caso de descumprimento.

A interpretação da Prefeitura é diferente. Nesta quinta-feira, 27, Nunes afirmou a jornalistas que quando o clube recebeu o terreno da Companhia City Cidade Jardim, na década de 1940, foi fixada a permissão para as corridas de cavalo. Segundo o entendimento da administração municipal, caso não haja mais atividade de turfe, o terreno passaria à Prefeitura.

Essa movimentação também levou os assistentes administrativos Alexandre Nogueira, de 20 anos, e a Thalita Hatsue, de 19 anos, a ocupar os espaços das arquibancadas pela primeira vez. A ideia foi dela. “Eu já gostava de corridas, mas só tinha visto pela TV. Toda essa polêmica fez com que a gente viesse ver de perto”, diz.
Os frequentadores habituais mostram apreensão em relação ao futuro da atividade, mas acreditam na judicialização da questão. A alegação central é a Lei 7191/84, que dispõe sobre as atividades da equideocultura no País e determina que a coordenação, fiscalização e orientação do setor são responsabilidade do Ministério da Agricultura. De acordo com esse entendimento, a lei municipal não pode revogar a federal.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Ministério da Saúde inclui pessoas que usam PrEP no público-alvo da vacinação contra o HPV


Pessoas com idade entre 15 e 45 anos que tomam a chamada Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) serão incluídas como…


Pessoas com idade entre 15 e 45 anos que tomam a chamada Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) serão incluídas como…

Geral

Caso Porsche: polícia investiga se parentes do motorista retiraram garrafas do carro


A Polícia Civil instaurou um novo inquérito nesta semana para apurar um suposto crime de fraude processual envolvendo familiares do…


A Polícia Civil instaurou um novo inquérito nesta semana para apurar um suposto crime de fraude processual envolvendo familiares do…

Geral

CCR estima prazo de 1 ano e gasto de R$ 250 milhões para recuperar rodovias atingidas no RS


O Grupo CCR calcula que precisará investir R$ 250 milhões para recuperar as rodovias afetadas pelas chuvas no Rio Grande…


O Grupo CCR calcula que precisará investir R$ 250 milhões para recuperar as rodovias afetadas pelas chuvas no Rio Grande…