Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

24 de julho de 2024

Mapa da Fome: Brasil melhora, mas tem 8,4 milhões de subnutridos, diz ONU


Por Agência Estado Publicado 24/07/2024 às 16h49
Ouvir: 00:00
loaf-2542308_1280

Um total de 8,4 milhões de brasileiros ainda passam fome, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado nesta quarta-feira, 24. No total, quase 1/5 da população brasileira não teve acesso adequado à alimentação nos últimos três anos. O resultado apresenta melhora ante a medição anterior, mas mantém o País no Mapa da Fome global.

Divulgado anualmente, o relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo mostra que, no triênio compreendido entre 2021 e o ano passado, 3,9% da população brasileira apresentou desnutrição crônica. A ONU considera que um país integra o Mapa da Fome quando esse índice é igual ou superior a 2,5% do total da população.

O resultado é um pouco melhor do que o apresentado no relatório do ano passado, com recuo de 0,8 ponto porcentual no índice total de famintos no Brasil. Na comparação com o relatório anterior, 1,7 milhão de brasileiros deixaram de sofrer de desnutrição crônica, equivalente a um terço do necessário para que o País saia do Mapa da Fome.

A FAO pondera, porém, que a organização atualiza sua base de dados a partir das informações divulgadas por cada país – a forma como esses números são apresentados podem variar de um ano para outro.

No caso do Brasil, os dados divulgados nesta quarta-feira podem incluir informações trazidas pelo Censo 2022, cujo total de habitantes se mostrou inferior às estimativas que eram feitas a partir do Censo 2010 e que podem ter servido de base para relatórios anteriores.

Além dos 8,4 milhões que enfrentam desnutrição crônica, o Brasil teve ao longo do último triênio 39,7 milhões de habitantes com insegurança alimentar moderada ou grave. Segundo a agência da ONU, a moderada é aquela em que a pessoa tem dificuldade em ter acesso a uma alimentação adequada, o que faz com que em determinado período acabe comendo menos, ou com menor qualidade. Já a insegurança grave é quando falta efetivamente comida por um dia ou mais.

Em abril, um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) apontou que um em cada quatro brasileiros teve algum grau de insegurança alimentar no ano passado. O levantamento incluiu também os casos em que a insegurança era considerada leve – quando há incerteza sobre o acesso à comida no futuro.

Além dos 8,4 milhões que enfrentam desnutrição crônica, o Brasil teve ao longo do último triênio 39,7 milhões de habitantes com insegurança alimentar moderada ou grave. Segundo a agência da ONU, a moderada é aquela em que a pessoa tem dificuldade em ter acesso a uma alimentação adequada, o que faz com que em determinado período acabe comendo menos, ou com menor qualidade. Já a insegurança grave é quando falta efetivamente comida por um dia ou mais.

Em abril, um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) apontou que um em cada quatro brasileiros teve algum grau de insegurança alimentar no ano passado. O levantamento incluiu também os casos em que a insegurança era considerada leve – quando há incerteza sobre o acesso à comida no futuro.

Em discurso em um evento do G-20 nesta quarta-feira, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), enalteceu a melhora nos números do Brasil. Dias destacou os resultados considerando a diferença apenas em relação ao relatório do ano passado, ainda que o documento da FAO traga dados do triênio de 2021 a 2023.

“A redução da insegurança alimentar severa no Brasil caiu de 8% para 1,2% da população em 2023, segundo o relatório da FAO”, comentou. “E a desnutrição teve redução de um terço.”

O ministro lembrou que o País havia deixado o Mapa da Fome em 2014, e se manteve fora dele até 2018. Sem citar nomes, ele fez críticas ao governo de Jair Bolsonaro pelo “desmonte” de programas sociais, a quem culpou pelos resultados dos últimos anos. “Acabar com a fome é a principal bandeira do nosso governo”, disse. “O Brasil, neste mandato do presidente Lula, vai sair do Mapa da Fome.”

O Estadão procurou a assessoria do ex-presidente, mas não obteve retorno até a publicação desse texto.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Tarcísio vê necessidade de sofisticar ações de combate


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou à GloboNews que é crescente a preocupação com a infiltração…


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou à GloboNews que é crescente a preocupação com a infiltração…

Geral

Julho bate recordes seguidos de dia mais quente


O planeta já bateu neste mês dois recordes seguidos de dia mais quente já registrado desde 1940. De acordo com…


O planeta já bateu neste mês dois recordes seguidos de dia mais quente já registrado desde 1940. De acordo com…

Geral

Marina Silva: Esperamos que TFFF já esteja ativo na COP 30


O governo brasileiro espera estar com o fundo global para financiar a conservação de florestas tropicais ativo durante a COP…


O governo brasileiro espera estar com o fundo global para financiar a conservação de florestas tropicais ativo durante a COP…