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22 de novembro de 2024

Com ajuda de ‘desconhecidos’, morador de Maringá mantém sonho de trazer à cidade ônibus raro comprado no Canadá


Por Felippe Gabriel Publicado 03/08/2024 às 08h21
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Quanto tempo basta para que uma pessoa desista de realizar um sonho? Para Wanderley Cesar Saldanha, o Karnegão, pode demorar o tempo que for preciso. Há mais de 15 anos, o maringaense nascido em 1960 vive uma saga recheada de percalços e ajudas inesperadas de ‘desconhecidos’, para que seu sonho de infância se torne realidade.

Quando era criança, Karnegão ganhou uma miniatura de um ônibus e ficou apaixonado pelo presente, que guarda até hoje. O tempo passou e, já adulto, ele descobriu que o ônibus realmente existia. “Um amigo meu foi para o Alaska e viu o tipo do ônibus que eu tinha guardado. Ele me mandou uma mensagem e falou ‘sabe seu ônibus? Ele existe, olha aqui’. Eu vi a foto, e era realmente igualzinho”, conta.

O ônibus em questão é uma raridade, um GMC PD-4501 Scenicruiser de dois níveisfabricado pela General Motors entre 1954 e 1956. Somente 1001 unidades foram produzidas. O veículo se tornou um ícone estadunidense e sonho de consumo de muita gente. Acredita-se que poucos mais de 30 unidades ainda estão em circulação.

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O modelo GMC PD-4501 Scenicruiser, fabricado nos anos 1950 | Foto: Bob Redden

Karnegão não pensou duas vezes foi atrás do modelo visto por seu amigo, que estava em Spences Bridge, uma pequena comunidade no oeste do Canadá. O lugar fica a cerca de 400 km de Vancouver e registra temperaturas que podem chegar a -30º. Em 2009, ele começou a adquirir o veículo pela internet, pelo valor de U$ 11 mil, o equivalente a R$ 19.580,00 nos valores da época. Faltava, então, trazê-lo para Maringá.

Na tentativa de concluir seu sonho, o maringaense foi à América do Norte em quatro oportunidades, algumas delas ao lado de sua esposa Valéria, de 48 anos, conhecida como Lili Karabina. Em todas as vezes, o casal encontrou inúmeras adversidades, como frio extremo, passaportes vencidos e um ônibus que não estava em suas melhores condições.

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O ônibus estava às margens da montanhas canadenses | Foto: Arquivo pessoal

Apesar dos insucessos, como em um roteiro de filme, Karnegão e Lili contaram com a ajuda de muitas pessoas, entre familiares, amigos e, impressionantemente, diversos desconhecidos brasileiros e estrangeiros.

Conheça todos os detalhes dessa história e veja o que resta para que Wanderley Saldanha concretize seu sonho:

A primeira ida ao Canadá

Karnegão foi ao encontro do ônibus em Spences Bridge pela primeira vez em 2012, juntamente com alguns amigos. Porém, ao chegar ao local, percebeu que o veículo se encontrava em uma situação pior do que ele imaginava, com a necessidade de vários reparos. Parado desde a década de 1980, o ônibus não funcionava, mesmo com algumas partes sendo consertadas pelo maringaense.

“Eu paguei um guincho para levar [o ônibus] em uma oficina mecânica em uma cidade próxima. Aí o cara, além de não mexer em nada, desmontou um lado do motor. Ele falou que o ônibus não tinha mais jeito, que não compensava arrumar”, contou.

Após 40 dias no Canadá, Karnegão decidiu deixar o veículo por lá e retornou ao Brasil, mas sem pensar em desistir e convicto a tentar novamente.

A segunda tentativa

Três anos depois, em 2015, o maringaense retornou a Spences Brigde, dessa vez sozinho, em uma estadia de 20 dias. O resultado, no entanto, foi o mesmo. O ônibus não saía do lugar e foi preciso voltar a Maringá.

Karnegão ganha a companhia de sua esposa

Na terceira tentativa, em 2019, Valéria acompanhou o marido no desafio de buscar o ônibus, mas novamente enfrentaram problemas. Peças do veículo haviam sido retiradas, havia muito lixo e dejetos de animais dentro dele, além da possibilidade de pessoas o terem utilizado como moradia. O ônibus ficava parado em uma casa de campo, que não era cercada, em meio à neve e às montanhas.

“A gente foi para lá com a intenção de contratar um mecânico. Porque o ônibus estava praticamente desmontado. Uma parte do motor. Mas o mecânico não vinha. A mão de obra é muito escassa lá [no Canadá]. E os poucos que foram ver [o ônibus], falaram que não tinha jeito. Não compensava arrumar”, relatou Karnegão.

O casal salientou como a região de Spences Brigde é despovoada, assim como todo o Canadá, o que dificultou a busca por suprimentos e serviços.

“A região é muito montanhosa. É deserto. Mas não é um deserto arenoso. São montanhas e montanhas, e os vales no meio. O Canadá é um lugar de povo de idade e não tem mão de obra especializada em nada. E o pouco que tem é cobrado por hora. Nem mercado [tem]. 80 quilômetros para você comprar um leite ou pôr gasolina”, explicaram.

Mais uma vez, nada pôde ser feito no ônibus e, após 70 dias, os maringaense retornaram ao Brasil, deixando o veículo no mesmo lugar.

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Karnegão e Lili foram a Spences Bridge | Foto: Arquivo pessoal

O desafio se tornou outro

Em meio ao desânimo de não conseguir concretizar seu sonho, Karnegão passou por muitos problemas de saúde após retornar da América do Norte em 2019, que foram intensificados com a pandemia de Covid-19. Em 2020, o maringaense teve dengue hemorrágica e ficou quase 20 dias internado.

No ano seguinte, ele e Valéria contrairam o coronavírus, quando ainda não havia a vacina para a doença, e os dois ficaram em estado de saúde grave. Recuperados, ambos chegaram a um acordo de que era preciso concluir o sonho.

Eu embarquei nessa, na realidade, quando ele ficou muito doente. ‘Vai morrer e não vai realizar seu sonho’. Um ano, duas vezes, ele ficou muito mal. Então, foi aí que eu falei, ‘vamos reformar a Kombi, e vamos partir pra esse sonho. Vamos entrar nessa loucura’.  Tanto que quando ele fez o visto pra ir lá comprar ônibus, eu não quis nem saber. Eu fui fazer meu passaporte em 2018 ou 2019. Quando ele ficou doente, aí foi a decisão. Nesse mundo [se] vive tão pouco, pra que esperar tanto, né?”, disse Valéria.

Um longo caminho, uma Kombi e uma incrível saga

Em setembro de 2023, na quarta tentativa, o plano era ainda mais ousado. Karnegão saiu com Valéria rumo à América do Norte de Kombi. Eles dirigiram até a Colômbia, passando por todos os países sul-americanos, embarcaram o carro em um navio rumo à Flórida e chegaram aos Estados Unidos de avião. Lá, a ideia era vender a Kombi, e com o dinheiro seguir até o Canadá, fazer os reparos necessários no ônibus e trazê-lo para Maringá.

O casal já tinha o utilitário há dez anos e o restauraram para partir em viagem, em um processo que durou uma ano e meio e contou com a primeira ajuda de amigos. Muitos reparos da Kombi foram feitos sem custo.

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O casal saiu de Maringá e chegou aos EUA com a Kombi | Foto: Arquivo pessoal

Após as primeiras ajudas inesperadas, vieram também os primeiros problemas incalculáveis. A Kombi embarcou para a Flórida fora de um contêiner e muitos pertences dos maringaense foram roubados no trajeto. Além disso, a venda da Kombi não se concretizou até hoje, o que dificultou os planos, mas o casal foi à Spences Bridge assim mesmo.

Primeira parada

O primeiro passo foi ir a New Bedford, Massachusetts, próximo a cidade de Boston. Após 45 dias na Flórida, hospedados na casa de amigos, Karnegão e Valéria, após não venderem a Kombi, contaram com a ajuda de mais um outro casal de amigos para se instalarem na nova cidade. A estadia também durou um bom tempo, enquanto os dois buscavam uma renda para completar a viagem. Com a demora por uma resolução, o visto de Karnegão estava prestes a vencer e a situação ficou mais urgente, precisando sair dos Estados Unidos.

Um amigo nosso do Canadá, que nós conhecemos através da internet e que eu não conheço pessoalmente viu que eu tinha uma fronteira próxima [entre o Canadá e os EUA], indo para as Cataratas do Niágara. Como o meu visto faltava quatro dias pra vencer, e nós não tinhamos vendido a Kombi, nos despedimos [do casal em New Bedford] de manhã cedo, 5 horas da manhã, e no outro dia nós chegamos na fronteira, com a Kombi”, explicou o maringaense.

Chegando na fronteira, Karnegão e Valéria precisaram passar pela vistoria policial aduaneira. Assim, descobriram que o passaporte de Valéria só permitia entrar no Canadá de avião, e não por terra como eles estavam fazendo. Karnegão, por sua vez, tinha passagem liberada com a Kombi, mas não seguiria viagem sozinho.

O casal tentou traçar alternativas e até ganharam sugestões dos policiais, mas nada resolvia o problema. Eles precisavam seguir com a Kombi até Spences Bridge, e qualquer opção com viagens de avião, naquele momento, estava fora de cogitação.

O policial se comoveu com a nossa situação e fez um questionário contando toda a nossa história pro governo canadense. Eu implorei bastante pra ele me dar três dias, pelo menos. Pra gente passar de Kombi. Ele falou que poderia dar três dias, mas precisava ver se o Estados Unidos deixaria a gente voltar depois. Porque senão, ia ficar pior. Ele pediu e negaram. Porque a Valéria não tinha nem como voltar com o ônibus”, contou.

Toda a comunicação com os policiais canadenses foi feita através de tradução simultânea na internet. Com a negativa, a única opção que restou aos maringaenses foi retornar à New Bedford, a 700 km de onde estavam. A viagem de retorno durou cerca de um dia, com destino novamente à casa do casal de amigos.

O adeus à Kombi

Sem perspectivas e com o tempo se esgotando, Valéria conseguiu comprar passagens aéreas para Vancouver, para a manhã do dia seguinte. Assim, os maringaense deixaram a Kombi aos cuidados dos amigos, onde o veículo se encontra até hoje. Eles destacaram a crise econômica e política nos Estados Unidos como determinantes para não conseguirem vender.

Chegando no Canadá, o casal alugou um carro para ir a Spences Brdge, e combinaram com uma pessoa a devolução do veículo, pois ela deveria ser feita novamente em Vancouver, para onde Karnegão e Valéria não voltariam. Com outras regras no sistema de imigração, Karnegão conseguiu ficar no Canadá por mais tempo e não teve o visto vencido. O passaporte de Valéria já permitia que ela ficasse por um período maior.

Spences Bridge mais uma vez

Chegando no local onde o ônibus estava, o casal precisou colocar a mão na massa para consertá-lo, em decorrência da falta de mão de obra na cidade. Para isso, contaram com a ajuda voluntária de várias pessoas pela internet, graças à repercusão dos outros relatos ao GMC Online. Em especial, um mecânico de Jundiaí-SP, da automecânica Detroit, chamado Kleber, e um eletricista de Minas Gerais, da autoelétrica Grilo.

“Muitas pessoas nos ajudaram pela internet. O mecânico de Jundiaí me ensinou a fazer toda a parte mecânica. Ele fazia vídeos, parava de fazer as coisas dele para me atender, tanto ele como o Grilo também”, contou Karnegão.

O casal se mostrou muito grato pela ajuda das pessoas pela internet, que os ensinavam de forma prática e bem didática. Apesar disso, a escassez de serviços na região também dificultava a busca por peças para o ônibus, que quando eram encontradas, demoravam dias para ser entregues.

Com alguns reparos finalizados, Karnegão e Valéria conseguiram dar partida no ônibus e saíram de Spences Bridge pela estrada. No entanto, os consertos eram provisórios e os pneus foram estourando. A solução foi rodar o máximo possível, até encontrar outro lugar para deixar o ônibus e retornar em outra oportunidade para buscá-lo. Os vistos do casal, mais uma vez, estavam vencendo, o que também determinou a decisão.

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Karnegão foi ao Canadá quatro vezes | Foto: Arquivo pessoal

Os dois ainda contaram que, além da vontade de retirar o veículo de lá, isso já estava se mostrando necessário. O vendedor do ônibus e morador do local já tinha idade avançada e lutava contra um câncer. Dessa forma, ele estava vendendo o terreno de sua casa e não poderia mais cuidar do veículo.

“Estava ficando perigoso o ônibus ficar lá, meu medo era que ele fosse depenado e não sobrasse mais nada do veículo”, disse o maringaense.

Recentemente, o casal também recebeu a notícia de que Spences Bridge e boa parte da região estão sendo atingidas por intensos incêndios florestais, e toda a cidade precisou ser evacuada. O ônibus de Karnegão, segundo ele, estava em um local crítico do desastre.

Finalmente, o ônibus caiu na estrada

Saindo do Canadá, o destino era Los Angeles, na Califórnia, no oste dos Estados Unidos, um local mais seguro para deixar o veículo parado. O casal maringaense passou todo o tempo da viagem dentro do ônibus, não se hospedando em hotéis, mesmo com toda a bagunça no interior do veículo.

Ao mostrar suas exepriências nas redes sociais, como a dificuldade para tomar banho, os dois foram surpreendidos mais uma vez com uma ajuda inesperada.

“Um caminhoneiro brasileiro, que trabalha lá [nos EUA], chamado Lucas, me passou o cartão dele pelo telefone e falou ‘você pode usar para quantos banhos você quiser’, porque um banho custava 18 dólares, e ‘você pode pegar refil de café e refrigerante à vontade usando esse meu cartão, mas também se você quiser comprar outras coisas, o cartão também faz’. Uma confiança total”, disse Karnegão.

Na estrada, o casal foi parado para outra fiscalização policial. Uma das oficiais era brasileira, o que facilitou todo o processo. Os dois, então, com a tradução da brasileira, contaram toda a sua história para os outros policiais, assim como aconteceu no Canadá.

O resultado só poderia ser mais um momento surpreendente:

“Eu falei assim: ‘Eu peço desculpa para vocês dois, que o ônibus está todo bagunçado, mas a minha casa não é daquele jeito’. Aí eles deram risada. Falei que era um sonho que eu estava realizando. E o que eles fizeram? Eles falaram que não tinha problema, pegaram os nossos passaportes e deram um selo de pessoas confiáveis dentro dos Estados Unidos. Um selo que está no meio capa do meu passaporte e do dela, e qualquer policial vai ver que nós somos muito bem-vindos aos Estados Unidos”, contou Karnegão, orgulhoso.

Completada a viagem até Los Angeles, era hora de deixar o ônibus na América do Norte mais uma vez. A intenção do casal era deixá-lo em uma larda, uma espécie de estacionamento fora da cidade para caminhões. Em vez disso, os maringaenses receberam a ajuda de outro desconhecido.

Uma pessoa de Valinhos-SP contactou um primo que morava em Los Angeles, chamado Alex. Este entrou em contato com Karnegão e lhe ofereceu uma alternativa.

“Ele falou ‘se você for pagar um estacionamento aqui em Los Angeles você vai pagar em torno de 400, 450 dólares por mês. Eu tenho um amigo que trabalhou uma vida comigo, o Steven, ele é um índio americano e ele mora no deserto'”, relatou Karnegão.

O local em questão ficava no deserto entre Los Angeles e Las Vegas, a duas horas e meia de onde o casal estava. Eles seguiram para lá e deixaram o ônibus aos cuidados de Steven, em um local povoado por pessoas com origens indígenas.

Mas como nem tudo são flores, Karnegão encalhou o veículo na areia antes de chegar ao local exato. Os maringaenses precisavam chegar ao Brasil antes que seus vistos vencessem e precisaram deixar o ônibus encalhado, com a supervisão de Steven.

“Tentaram tirar o ônibus, mas não conseguiram. Uns 40 dias atrás ele [Steven] falou que tinha umas crianças entrando no ônibus, porque estava na frente da casa dele, e aí ele perguntou se eu poderia pagar um guincho. Eu paguei, ele funcionou o ônibus e guardou no quintal dele”, contou. 

Ao todo, Karnegão e Valéria conseguiram rodar mais de 2.600 km com o ônibus. O último passo foi pegar um avião de volta para o Brasil, na expectativa de retornar e, finalmente, trazer seu sonho para casa. A última ida à América do Norte durou cerca de seis meses, de setembro de 2023 até março deste ano.

Ainda não há previsão de retorno

De volta a Maringá, Karnegão e Valéria estão em processo de regularização de seus vistos, faltando apenas alguns dias para finalizar.

No entanto, Karnegão explicou que não tem condições de voltar para Los Angeles sem a venda da Kombi. Ele acredita que conseguirá vendê-la após a resolução das questões políticas nos EUA, quando os estadunidenses estarão mais certos de fazer investimentos.

Felizmente, o veículo está bem guardado, então o casal não tem pressa. Eles também estão seguros de que o ônibus tem condição de vir rodando até o Brasil. graças a ajuda de mais algumas pessoas.

“Andamos 2.600 quilômetros já. Sem problema. O único problema foram os pneus. Agora os pneus estão novos. Arrumamos pessoas que ‘caíram de paraquedas’, pessoas maravilhosas. Um filho de mexicano e dois americanos ajudaram a gente [a trocar os pneus]. Agora, o motor é um motor de 1956. Isso me surpreendeu, um motor bom. 40 anos sem funcionar e de repente bom”, explicou Karnegão.

O ônibus ainda precisa de reparos na marcha ré e nos freios, que precisar ser feitos para sair dos Estados Unidos, onde as peças são baratas, mas a mão de obra é cara.

A minha intenção é comprar o que ele precisa agora e ir pro México. Porque no México tem muita mão de obra. E o latino tem calor humano, ele é diferente. Se eu chegar em qualquer oficina dentro do México, Guatemala, Nicarágua, aonde for na América Central, as pessoas me ajudam. Então é diferente do americano, que eles são bem mais… Ou você gasta com eles, ou tira da porta da oficina”, contou.

O casal precisará atravessar toda a América Central, antes de chegar à América do Sul e então ao Brasil. Para isso, será necessário passar pelo Canal do Panamá, cuja travessia custa em torno de U$ 8 mil.

Eles relataram que vêm recebendo sugestões de muitas pessoas para que utilizem o ônibus como forma de conseguir patrocínios e, assim, juntarem o valor para concluírem a viagem.

Na espera, Karnegão se vê estagnado nesse momento, com “a cabeça nos EUA”, não conseguindo fazer nada em Maringá. O que lhe resta é soltar lances de seus carros antigos, entre eles um Ford 35 e Ford 39. Segundo ele, a ideia é restaurar todos os veículos que tem, para vendê-los e direcionar o dinheiro para investir no ônibus.

“Se Deus quiser todo esse esforço vai valer a pena, se esse ônibus chegar em Maringá, será o único da América do Sul. Pretendo restaurá-lo inteiro e rodar pelo país em exposições para contar esse sonho de criança que vai virar realidade”.

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O casal segue na expectativa de trazer o ônibus idêntico ao brinquedo da infância de Karnegão | Foto: Felippe Gabriel

Em suas páginas no TikTok e no Instagram, Karnegão e Lili Karabina mostram os detalhes da história e contam mais de suas experiências.

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