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22 de novembro de 2024

Artilheiro ex-Furacão e retorno à Série C após 16 anos: conheça o Anápolis, próximo adversário do Maringá FC


Por Felippe Gabriel Publicado 04/09/2024 às 19h41
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No último domingo, 1º, foram definidos os quatro clubes que subiram para a Série C do Campeonato Brasileiro: Maringá FC, Anápolis-GO, Retrô-PE e Itabaiana-SE. Por uma vaga na grande final, Retrô e Itabaiana se enfrentam de um lado, enquanto Anápolis e Maringá FC duelam do outro.

Confira as datas das semifinais do Brasileirão Série D 2024:

IDA

  • 08/09 (domingo), 16h | Anápolis x Maringá FC (Joans Duarte)
  • 08/09 (domingo), 17h | Retrô x Itabaiana (Arena Pernambuco)

VOLTA

  • 15/09 (domingo), 16h | Itabaiana x Retrô (Etelvino Mendonça)
  • 15/09 (domingo), 18h30 | Maringá FC x Anápolis (Willie Davids)

Os finalistas se enfrentam nos finais de semana seguintes, dias 22 e 29 de setembro, e o mando de campo será definido pela melhor colocação na campanha geral. Líder isolado, o Dogão não pode mais ser alcançado por na pontuação e, caso avance para a final, fará o segundo jogo em casa.

Antes disso, o Tricolor Maringaense precisa passar pelo Anápolis, de Goiás, clube que já participou da Série C em oito temporadas. Será o primeiro encontro entre as equipes na história.

Conheça o Anápolis

O Anápolis Futebol Clube foi fundado em 1º de maio de 1946. Inicialmente, adotou o nome de Operário Futebol Clube, pois a ideia era de criação de um time do “povão”, para competir com outro já existente, o Anapolina, considerado o time da elite. Em 1951, a agremiação mudou para o nome atual.

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Foto: Jorge Luiz/@jorgeluizft

Tendo um galo como mascote, o clube é conhecido como o Galo da Comarca e manda suas partidas no Estádio Jonas Ferreira Alves Duarte, o Jonas Duarte, que tem capacidade 20 mil torcedores.

Seu principal título é do Campeonato Goiano de 1965, o único da história do clube e que rendeu uma participação no Campeonato Brasileiro Série A no ano seguinte, também a única até hoje.

Nas décadas seguintes, o Anápolis viveu bons momentos, figurando entre a Série B e Série C em algumas temporadas. N segunda divisão foram três participações entre 1981 e 1986. Já na terceira foram oito, com destaque para a década de 90 e o início dos anos 2000, quando atingiu sua melhor colocação na competição, ao ficar em 11º lugar em 2002.

A última participação na Série C aconteceu em 2008, no último ano em que foio degrau mais baixo do futebol brasileiro. Com a conquista do acesso nesta temporada, o clube retorna à terceira divisão nacional após 16 anos.

Confira o desempenho do Anápolis na Série C:

  • 1988 → 12º
  • 1995 → 33º
  • 1996 → 48º
  • 1997 → 51º
  • 1998 → 15º
  • 2002 → 11º
  • 2003 → 86º
  • 2008 → 39º

Na Série D, o histórico é mais recente, com cinco participações. O Galo estreiou na divisão em 2016, chegando às oitavas de final. Em 2017, parou já na fase de grupos. O retorno veio em 2022, chegando à segunda fase, enquanto no ano passado bateu novamente as oitavas de final. Nesta temporada, o Anápolis conseguiu seu melhor desempenho na história, garantindo o acesso.

Outras campanhas recentes

Fora o título da década de 60, o Galo não teve destaque no Campeonato Goiano por muitos anos, até ser vice-campeão em 2016, eliminando o Atlético-GO na semifinal e perdendo para o Goiás nos pênaltis na decisão. O desempenho garantiu ao clube a primeira participação na Série D no mesmo ano e a estreia na Copa do Brasil no ano seguinte.

No entanto, o Anápolis foi rebaixado no estadual em 2018, retornando rapidamente. Nas temporadas seguintes, parou nas quartas de final em 20, 21 e 22, até chegar às semi em 2023. Já nesta temporada, novamente ficou pelo caminho nas quartas, ao ser eliminado pela Aparecidense.

Pela Copa do Brasil, a estreia em 2017 durou apenas uma partida, sendo eliminado pelo Red Bull Bragantino na primeira fase. O clube retornou em 2024 e conseguiu chegar à segunda fase, perdendo para o Botafogo-SP.

Outra estreia veio na Copa Verde desta temporada, no campeonato regional entre equipes do Norte e Centro-Oeste. O Anápolis, porém, foi eliminado pelo Porto Velho também no primeiro jogo, nas penalidades máximas.

Série D 2024

O Anápolis terminou a primeira fase em 2º lugar no grupo A5, com 25 pontos. Em 14 jogos, foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas, com 18 gols marcados e 10 gols sofridos.

Na segunda fase, enfrentou o Itabuna-BA e se classificou com uma virada no placar. Após uma derrota fora de casa por 1 a 0, o clube goiano fez 3 a 0 em seu domínios e avançou.

O adversário das oitavas de final foi o Cianorte, que não conseguiu vencer o Galo. Na primeira partida, vitória goiana por 2 a 1, no Albino Turbay. Na volta, um empate em 1 a 1 no Jonas Duarte.

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O Galo se classificou para a Série C após vencer o Iguatu nos pênaltis | Foto: Foto: Edivair Custódio Junior/@edivaircusttodio27

Na fase do acesso, o classificação veio com emoção. Jogando contra o Iguatu-CE, o primeiro jogo terminou empatado em Anápolis, 1 a 1. A partida decisiva contou com mais um empate, mas dessa vez em 3 a 3, levando a disputa para os pênaltis, com vitória por 5 a 4 para o Galo da Comarca.

Foram seis partidas até agora no mata-mata, com duas vitórias, três emaptes e uma derrota, além de 10 gols marcados e sete sofridos. Ao todo nesta Série D, o Anápolis tem um aproveitamente mediano, com nove vitórias, sete empates e quatro derrotas em 20 jogos, além de 28 gols marcados e 17 sofridos.

Elenco

O maior destaque do plantel goiano é o atacante Marcão, ex-Athletico. O centroavante de 38 anos não é titular, mas é o artilheiro da equipe no ano, com 11 gols, e na Série D, com cinco tentos. Outro nome importante vem sendo o atacante Ariel, que retornou no mata-mata para sua terceira passagem no clube — antes teve passagm pelo Londrina e estava no São José-RS disputando a Série C.

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Marcão, ex-Athletico | Foto: Geraldo Bubniak/Agência Estado

No entanto, o time perdeu o volante titular Paulinho, em uma transferência por empréstimo ao Brusque-SC — que disputa a Série B — após a conquista do acesso.

O time base do Anápolis tem Wellerson no gol; Breno Santos, Luizão, André, Leonardo Felipe na linha defensiva; Kevyn, Rafael Mineiro e o substituto de Paulinho (Pedro Thomaz ou Vinícius Kiss) no meio-campo; e Matheus Lagoa, Gonzalo Fornari e Ariel no ataque,

Técnico

Nesta Série D, o Anápolis já teve três técnicos diferentes à beira do campo. O primeiro foi Luís Carlos Winck, de 61, ex-lateral direito do Vasco da Gama. Ele deixou o Galo em comum acordo após a terceira rodada, com destino ao Brasiliense, que estava no mesmo grupo na primeira fase — o Jacaré caiu nas quartas de final para o Retrô. Winck oi o técnico que mais comandou o clube na história, estando a frente da equipe durante três anos e disputando 85 partidas.

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Brasiliense, sob o comando de Luís Carlos Winck, contra o Anápolis na primeira fase | Foto: Luã Tomasson/Brasiliense FC

Seu substituto foi Hemerson Maria, de 52 anos. Ele foi responsável pela classificação na primeira fase, mas foi demitido depois da derrota para o Itabuna, no jogo de ida da segunda fase.

No seu lugar, o auxiliar técnico permanente do clube Ângelo Luiz, de 52 anos, assumiu o comando e garantiu as classificações contra Itabuna, Cianorte e Iguatu. Ele já havia comendado a equipe da 4ª rodada, após a saída de Winck. Ex-preparador físico, Ângelo Luiz ainda não perdeu com o Anápolis, com duas vitórias e três empates em cinco partidas disputadas.

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