Sessão de julgamento que podia cassar mandato da vereadora Cris Lauer em Maringá é suspensa
A Câmara Municipal de Maringá iria realizar na tarde desta terça-feira, 1º, a sessão de julgamento em processo contra a vereadora Cris Lauer. Mas uma liminar da Justiça Eleitoral suspendeu o julgamento até, 6, de outubro. A decisão chegou ao plenário pouco antes do início da sessão.
Com o prédio do Legislativo em reforma, a entrada no auditório do plenário estava limitada. Apenas o público credenciado pode entrar. Lá dentro, apoiadores da vereadora Cris Lauer estendiam faixas e cartazes.
Pouco antes de começar a sessão, veio a notícia e o presidente da Câmara anunciou: A Justiça Eleitoral havia expedido uma liminar a favor da vereadora, suspendendo a sessão até 6 de outubro, dia da eleição municipal.
A vereadora diz que os advogados dela tentaram barrar a sessão na Justiça Comum e depois buscaram a Justiça Eleitoral.
“Tentamos primeiramente na Justiça Comum mesmo, daí o mandato de segurança foi indeferido, o juiz preferiu não se meter nessa história, vamos falar assim. E daí nós entramos também no Tribunal Regional Eleitoral, no TRE, aí sim eles concederam a liminar que fica muito escancarado para todos que é eleitoreiro, por parte de alguns, me tirar do páreo. E porque nunca aconteceu em Maringá, nunca houve um vereador antes caçado em plenário, ainda mais há quatro dias, cinco dias da eleição”, explica.
Três vereadores de Maringá respondem processos na Comissão de Ética do Legislativo. O processo contra a vereadora Cris Lauer foi o mais célere e chegou ao plenário às vésperas da eleição. A acusação é de que o ex-chefe de gabinete da parlamentar, advogava em processos particulares de Cris Lauer, em horário de expediente e sem receber honorários. O diretor legislativo da Câmara Municipal de Maringá, Tiago Valenciano, explica o que acontece agora.
“Como o processo acaba no dia 7 de outubro pelo prazo estabelecido pelo Conselho de Ética, pelo regimento do Conselho de Ética, a tendência é que isso aconteça no próximo dia 7 de outubro, não confirmado ainda o presidente precisa convocar. Caso não aconteça no dia 7, aí existem duas interpretações. Há uma interpretação de que o processo ele acaba no dia 7 e o julgamento pode acontecer depois. Há uma outra interpretação de que o processo ele acaba junto com o dia 7. Então vai depender de como que a câmara vai conduzir essa situação. Pelo visto, a tendência mesmo é marcar para o dia 7. O processo foi encerrado, né? A última fase foi o parecer da Comissão de Constituição e Justiça. Ela deu o parecer, encerrou o processo no aspecto de andamento e agora vai para o julgamento que é essa última fase, só tem essa fase. O parecer foi pela procedência, pela catada de anúncia e para levar em plenário para decisão dos vereadores”, explica.