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21 de novembro de 2024

O peso de nossas escolhas


Por Gilson Aguiar Publicado 01/11/2024 às 06h51
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Vivemos entre as necessidades infinitas e condições limitadas

Na economia se conhece a teoria da escassez, o fundamento da própria ciência que estuda os nossos recursos escassos para satisfazer as necessidades humanas. Lembrando que a natureza é limitada e as necessidades humanas infinitas.

Por sinal, a essência da própria ciência econômica está em estudar as relações e ações que se constituem dentro da limitação de necessidades humanas e recursos. Uma condição que todos deveríamos conhecer quando se fala em economia. Não podemos satisfazer a todas as vontades dos seres humanos. 

Diante da condição limitada de recursos, temos que fazer escolhas. Temos que optar por alguma coisa em detrimento de outras E a cada escolha que fazemos teremos consequências. E a grande virtude é saber escolher obtendo o melhor resultado possível diante de condições limitadas.

Você pode argumentar que há quem possa escolher o que quiser e não se preocupar com nada. Vou te responder que sim. Mas, mesmo este ser que materialmente tudo pode ter, há que escolher como vai utilizar seu tempo em satisfazer sua necessidade “A” em detrimento da necessidade “B”. 

E às vezes esquecemos que o bem mais precioso é o tempo. O empenho dedicado a determinadas ações acabam por gerar resultados que podem ser benéficos. Determinadas ações planejadas em médio e longo prazo podem não ter a satisfação imediata, mas bons resultados futuros. 

Entre o imediato e os desdobramentos de nossas escolhas.

Já, o imediatismo no gasto de recursos pode, por consequência, ter resultados aparentemente empolgantes no imediato, mas ter consequências futuras desastrosas. E, diante da escassez, são estas escolhas que devemos pensar bem antes de fazer.

Colhemos o que plantamos? Sim, de certa forma o que nos ocorre é uma sequência de desdobramentos de atos anteriores e dos quais estamos sujeitos, em parte, por nossas escolhas dentro de determinadas condições. 

Por isso, temos que tomar cuidado com o que cultuamos, o que desejamos e estamos dispostos a empenhar tempo, esforço para isso, além de recursos. Isto pode ser crucial na busca de resultados que sejam duradouros em uma vida inteira. 

Devemos pensar antes de escolher.

Claro que você pode considerar que o melhor a fazer é sempre buscar uma acumulação de riqueza, um investimento em bens materiais, acumular ao máximo que se pode recursos e fazer disso uma meta de vida. Mas, não é isso que gostaria de fechar minha reflexão. 

Se vamos buscar construir condições melhores de satisfação humana, temos que definir o que consideramos como prioridade, o ser humano em sua qualidade de construção de possibilidades ou as satisfações imediatas de sua existência. Vamos sacrificar o futuro humano pela matéria ou vamos fazer da matéria a garantia do futuro humano? O que nos interessa, pessoas ou coisas?

Já me cansei de ouvir pessoas idolatrando estruturas físicas, benefícios materiais, lugares e não pessoas. Há quem considere que um ambiente físico dará qualidade ao ser humano que está dentro dele apenas por estar.

Me incomoda conhecer lugares maravilhosos, esteticamente encantadores, recheado de um ser humano pobre e limitado. Há na atualidade uma crença de que os seres humanos devem se adaptar à paisagem. De que a grandeza dos lugares dará, por osmose, grandeza ao ser humano. 

Por isso, vale a reflexão, qual o sentido e valor de nossas escolhas? O que queremos? Quem somos no mundo? Na nossa vida econômica pessoal ou social estas questões são vitais e denunciam em suas respostas muito do que somos.

Pauta do Leitor

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