Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

16 de dezembro de 2025

A história da mulher que doou rim para salvar a vida da chefe e acabou demitida: ‘não queria que ela morresse’


Por Redação GMC Online Publicado 06/11/2024 às 10h14
Ouvir: 00:00

A história de Debbie Stevens, uma mulher de 47 anos de Nova York, reacendeu a indignação nas redes sociais ao expor uma situação de aparente abuso de poder no ambiente de trabalho. Em um gesto de solidariedade, Debbie doou um de seus rins para salvar a vida de sua chefe, Jackie Brucia. Contudo, ao invés de gratidão, ela afirma que foi demitida.

image
O caso da mulher que foi demitida assim que doou seu rim ganhou destaque nos Estados Unidos e chamou a atenção do mundo. Foto: Freepik

Debbie alega que Jackie Brucia, sua chefe, a utilizou como “plano B” para a doação, sugerindo que já possuía outro doador em mente. Segundo documentos apresentados à Comissão de Direitos Humanos, Debbie se dispôs a doar seu rim caso houvesse complicações com o doador original. A história se desenrolou quando, após deixar o emprego para se mudar para a Flórida, Debbie retornou a Nova York e pediu para ser recontratada. Jackie aceitou e, pouco tempo depois, revelou que o doador inicial havia sido recusado, perguntando a Debbie se ela aceitaria ser a nova doadora.

“Eu respondi ‘é claro’. Ela era minha chefe. Eu a respeitava. É quem eu sou. Eu não queria que ela morresse”, relatou Debbie.

Apesar de os exames indicarem que Debbie não era compatível, os médicos sugeriram que, ao doar seu rim a outra pessoa, Jackie poderia subir na lista de espera. Debbie aceitou essa condição e realizou a cirurgia. “Eu senti que estava dando a vida de volta a ela”, disse Debbie ao relembrar o episódio.

Mulher que doou rim para a chefe e foi demitida após tirar licenças médicas

Após a cirurgia, Debbie retornou ao trabalho enquanto Jackie ainda estava se recuperando. Logo, ela começou a sentir os efeitos físicos do procedimento e precisou tirar três dias de licença médica. Durante esse período, Jackie retornou e questionou sua ausência.

“Ela perguntou ‘por que você não está no trabalho?’. Eu disse a ela que não me sentia bem e ela me disse que eu não poderia ir e vir como quisesse, porque as pessoas pensariam que eu estava ganhando um tratamento especial”, contou Debbie.

A situação se agravou quando Debbie voltou ao trabalho, enfrentando humilhações públicas, inclusive transferências para uma unidade da empresa localizada em uma área perigosa e distante de sua residência.

Diante das condições, Debbie buscou ajuda psicológica e o apoio de um advogado, que notificou a empresa sobre seu estado de saúde. Pouco depois do envio desse documento, ela foi demitida.

O caso chamou a atenção da mídia nos Estados Unidos, com o New York Post tentando contatar a empresa e Jackie Brucia, sem sucesso. A chefe se recusou a comentar a situação, mas foi vista em público em uma limousine com champanhe, o que gerou ainda mais indignação.

“Eu decidi doar meu rim para minha chefe, e ela pegou meu coração”, desabafou Debbie.

De acordo com o portal Medium, depois de várias rodadas de depoimentos e investigações, ambas as partes decidiram chegar a um acordo em 30 de setembro de 2014. A resolução, no entanto, não dissipou a revolta que a história provocou na opinião pública.

Repercussão nas redes sociais

A história de Debbie Stevens, que ocorreu em 2011, voltou a circular recentemente nas redes sociais, reacendendo a discussão sobre limites de ética e poder nas relações de trabalho. O caso tem gerado apoio a Debbie, com usuários questionando as condições enfrentadas por funcionários que, mesmo após gestos extraordinários, não encontram reciprocidade de seus empregadores.

A ampla repercussão nas redes sociais levanta questões importantes sobre como o ambiente de trabalho pode afetar profundamente a vida dos empregados e o impacto da falta de ética nas relações profissionais.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Geral

‘Reafirmo minha obediência à Arquidiocese’, diz padre Júlio Lancellotti após veto às redes


“Reafirmo minha pertença e obediência à Arquidiocese de São Paulo”, afirmou o padre Júlio Lancelotti ao comentar sobre não poder…


“Reafirmo minha pertença e obediência à Arquidiocese de São Paulo”, afirmou o padre Júlio Lancelotti ao comentar sobre não poder…

Geral

Mulher que teve pernas amputadas após ser atropelada e arrastada passará por nova cirurgia


Internada há mais de duas semanas, Tainara Souza Santos, de 31 anos, terá de passar por uma nova cirurgia de…


Internada há mais de duas semanas, Tainara Souza Santos, de 31 anos, terá de passar por uma nova cirurgia de…