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22 de novembro de 2024

Mulheres acusam talco da Johnson & Johnson de causar câncer de ovário; empresa se manifesta


Por Metrópoles, parceiro do GMC Online Publicado 21/11/2024 às 17h00
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Quase 2 mil mulheres britânicas, incluindo pacientes com câncer, sobreviventes e suas famílias, estão se preparando para entrar com uma ação coletiva contra a Johnson & Johnson. Elas alegam que o uso de talco fabricado pela empresa causou câncer de ovário.

Este será o primeiro processo do tipo enfrentado pela empresa no Reino Unido e pode se tornar a maior ação judicial envolvendo um grupo farmacêutico na história da Inglaterra e País de Gales. Nos EUA, a Johnson & Johnson enfrentou mais de 62 mil processos relacionados ao uso do talco e pagou ou reservou ao menos US$ 13 bilhões em indenizações.

Acusações contra o talco

Putting all purpose flour to make dough
Foto: Freepik

Advogados das reclamantes afirmam que o talco da Johnson & Johnson estava contaminado com amianto, um agente cancerígeno, e acusam a empresa de esconder o risco dos consumidores. “Esta empresa, antes confiável, sabia há décadas que o amianto em seus produtos estava presente, que era perigoso, mas não fez nada para notificar os consumidores sobre o risco. Estamos comprometidos em ajudar o maior número possível de pessoas a obter justiça pelas ações de executivos ávidos por lucro”, diz Tom Longstaff, sócio da KP Law, que representa as vítimas no Reino Unido.

A Johnson & Johnson nega as acusações e argumenta que elas “desafiam a lógica, reescrevem a história e ignoram os fatos”. A empresa descontinuou a venda de talco à base de minerais no Reino Unido em 2022 e nos Estados Unidos em 2020, justificando a decisão como uma resposta a pressões financeiras e à “desinformação” em torno do produto.

O talco em pó, amplamente usado por adultos e bebês para manter a pele seca e prevenir assaduras, é fabricado a partir de um mineral natural. No entanto, estudos indicam que ele pode conter pequenas quantidades de amianto. Quando inaladas repetidamente, fibras de amianto podem se alojar nos tecidos moles do corpo, causando danos celulares graves e inflamações que levam ao câncer. Em julho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que o talco mineral em si é “provavelmente cancerígeno para humanos”.

O que diz a Johnson & Johnson

A Johnson & Johnson afirma que sempre levou a segurança de seus produtos “muito a sério”. Segundo Erik Haas, vice-presidente mundial de assuntos jurídicos da empresa, a marca utilizou protocolos de testes avançados por décadas e foi transparente com autoridades governamentais e acadêmicas.

“Essas análises mostram consistentemente a ausência de contaminação por amianto no talco para bebês da Johnson’s”, declarou Haas em comunicado. Ele também reforçou que estudos independentes apontam que o talco não está associado ao risco de câncer de ovário ou mesotelioma. O executivo ainda destacou que a empresa venceu, ou reverteu em apelação, a “grande maioria” dos casos judiciais nos Estados Unidos.

Leia a reportagem completa no Metrópoles, parceiro do GMC Online

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