Mega da Virada: veja o que dizem o dono da lotérica e a mulher que reivindica prêmio milionário
O proprietário da lotérica onde Elza Jesus de Almeida, de 64 anos, afirma ter realizado a aposta vencedora da Mega da Virada negou qualquer responsabilidade no caso e atribuiu à Caixa Econômica Federal a decisão final sobre a situação. O empresário, que optou por manter sua identidade em sigilo, destacou que já tomou todas as providências cabíveis.
De acordo com o dono da lotérica, o atendimento prestado a Elza foi considerado “normal”. A mulher sustenta que acertou os números sorteados no concurso realizado em 31 de dezembro, mas alega que a operadora da lotérica não registrou corretamente o jogo. Dos três números anotados no canhoto de apostas, apenas os dois primeiros teriam sido processados. A combinação não registrada seria justamente a vencedora: 01 – 17 – 19 – 29 – 50 – 57.
Desde que viu o resultado da Mega, no dia 31 de dezembro do ano passado, Elza tem adotado diversas medidas para provar que jogou os números sorteados e, assim, receber o prêmio ao qual teria direito. A principal forma seria acessar as imagens de segurança da lotérica que mostram o momento em que ela fez a aposta.
O dono da lotérica informou à reportagem, nesta segunda, 13, que enviou os vídeos à Caixa no dia 3 de janeiro. Após o envio, segundo o homem, ele não tem mais o que fazer que possa ajudar a elucidar o caso. “Lavei minhas mãos, agora é com eles”, disse.
‘Erro deles’, diz mulher que pede prêmio da Mega da Virada
Em entrevista ao Metrópoles, no dia 1º de janeiro, Elza Jesus de Almeida, de 64 anos, admitiu que cometeu um erro ao não conferir os comprovantes de suas apostas na Mega da Virada. A mulher, que alega ter acertado os números sorteados, acredita que o erro no registro da aposta não foi causado por ela.
“Foram oito jogos, foi bastante, eu não contei. Se eu tivesse contado, eu saberia que tinha um faltando. E, quando ela cobrasse, eu falaria: ‘Não, pera aí, faltou um’, mas eu não contei. Nem imaginava isso, eu confiei”, explicou.
Apesar de reconhecer que poderia ter evitado o problema ao revisar os bilhetes, Elza atribui a falha à máquina utilizada para registrar as apostas. “Ela pôs essa cartela lá dentro da maquininha, por que registrou as duas de cima e a de baixo não?”, questionou.
Elza também levantou suspeitas sobre o sistema de registro de apostas. “Parece que é uma máfia, não registrou só o que era premiado”, criticou, demonstrando sua indignação com a situação.
Mesmo diante da complexidade do caso, Elza mantém a esperança de ser reconhecida como ganhadora do prêmio milionário. “Porque foi erro deles”, disse, referindo-se à lotérica onde realizou a aposta e à Caixa Econômica Federal. Ela afirmou que pretende lutar até o fim para obter justiça.
“No resto da minha vida, eu vou correr atrás. Antes de eu morrer, eu quero ver o resultado, porque eu não estou errada”, concluiu.
Segundo a mulher, o caso tem tirado seu sono, apetite e atrapalhado o rendimento no trabalho. “Eu estou me sentindo mal, eu estou passando mal, eu não estou bem”, disse.
“Eu não queria ficar triste assim. Eu queria tirar isso de mim, mas não consigo.”
O que diz a Caixa
Procurada, a Caixa Econômica Federal informou, no dia 2 de janeiro, que o recibo emitido pelo terminal de apostas é o único documento que comprova o registro da aposta e habilita ao recebimento de prêmios.
As informações são do Metrópoles, parceiro do GMC Online