Gramado do WD é atacado por praga e Prefeitura de Maringá abre licitação para manutenção
Em jogos do Maringá FC nesta temporada, pelo Campeonato Paranaense e pela Copa do Brasil, clubes, torcedores e, principalmente, atletas visitantes reclamaram da qualidade do gramado do Estádio Willie Davids. Na partida deste domingo, 16, entre Maringá FC e Athletico, foi possível observar que as falhas na grama e o excesso de areia e terra aumentaram.
Especulou-se que o gramado precisava de descanso ou melhor manutenção. Muito prejudicado pelo clima quente e seco desde o início de ano, o campo está sem manutenção adequeda há dois meses. O contrato com a empresa especializada responsável pelo serviço, através de licitação da Prefeitura de Maringá, foi encerrado em dezembro de 2024, sem que outro processo de contratação fosse aberto.

Porém, outra razão para a grama estar cada vez mais fraca foi descoberta por acaso: uma praga, chamada de “paquinha”, que age no subsolo, matando as raízes, como explica o secretário de Esportes de Maringá, Paulo Biazon.
— Nós descobrimos isso por um acaso. A gente está tentando ver o que está acontecendo com o gramado, a gente está batalhando para tentar conseguir resolver. E achamos uma parte da irrigação quebrada. E a hora que a gente foi trocar essa irrigação, nós descobrimos esse bicho no gramado. Ele vive no subsolo ali, comendo as raízes e estragando a nossa grama. Foi detetizado o estádio, com a ajuda do Maringá Futebol Clube. Os bichos estão saindo debaixo da terra, estamos retirando, recolhendo e descartando. Isso era uma das partes do nosso problema no estádio. […] Ele (a praga) consome a raiz da grama e a grama não consegue crescer e desenvolver, não recebe nutrientes. E esse problema da parte que não tinha grama, aconteceu por causa disso. E também por causa do excesso de água. O nosso espargidor da irrigação que estava ficando aberto por problema de manutenção do tempo. Então ficava molhando a grama constantemente. Isso deu alguns problemas no nosso gramado — disse Paulo Biazon.

A Prefeitura de Maringá está contratando uma empresa para a manutenção emergencial do gramado. A licitação será por 90 dias e pode ser prorrogada.
— Amanhã (terça-feira, 18) termina o prazo para a licitação ficar aberta e uma empresa para manutenção emergencial vai entrar no gramado. Essa contratação foi feita em uma licitação emergencial para tentar resolver o mais rápido possível, por causa dos jogos que a gente tem da Copa do Brasil, Paranaense A, B e C também, que a gente vai ter no futuro. E o Maringá FC no Campeonato Brasileiro Série C também. Então nós estamos tentando resolver o mais rápido possível para ter qualidade para os jogadores. Nós estamos pedindo a manutenção geral do gramado. Adubação, cuidado da grama, corte da grama, alocação de uma máquina especial para cortar a grama do estádio. Ela vai ficar trabalhando por 90 dias e depois nós temos o prazo para fazer uma licitação normal. Nós estamos em parceria com o Maringá FC, conversando diretamente. Eles estão acompanhando de perto também o gramado com a gente aqui e nos ajudando a fazer o melhor para o estádio — concluiu o secretário.

Considerado um dos melhores gramados do sul do Brasil, o campo do Estádio Regional Willie Davids requer cuidados especiais devido à sua especificação. No entanto, apenas o corte e a irrigação automática foram os serviços realizados neste ano. Recentemente, em reposta enviada pela Prefeitura de Maringá ao GMC Online, Biazon também citou a troca do tipo de gramado realizado no estádio.
— Infelizmente, essa grama é uma grama muito boa, mas também muito sensível. Vocês podem notar que na cidade inteira a gente está com o problema do mato, mas aqui no gramado ela está sofrendo com o clima seco e quente. Então, é uma grama que precisa de um tratamento especial. Lembrando também que o nosso gramado já foi considerado o melhor do sul, aqui do Brasil. Mas, na época, era a grama Mato Grosso, uma grama muito mais resistente — disse o secretário, há duas semanas.