19 de março de 2025

Técnicos de Maringá FC e Athletico divergem sobre pênalti não marcado em semifinal


Por Felippe Gabriel Publicado 17/03/2025 às 17h26
Ouvir: 05:37

Maringá FC e Athletico empataram em 1 a 1 neste domingo, 16, pela ida da semifinal do Campeonato Paranaense, e a partida foi marcada por um lance polêmico. Aos 22 minutos do segundo tempo, a bola toca no braço esquerdo de Tito, zagueiro do Dogão, dentro da área, após passe do atacante Isaac, do Furacão. O árbitro Luiz Alexandre Fernandes não considerou infração no campo e, após análise do VAR, o árbitro de vídeo Adriano Milczvski acompanhou a não marcação do pênalti.

felippe (4)
Fotos: Rodrigo Araújo/MFC; Divulgação/Athletico

Em entrevista coletiva, o técnico do Maringá FC, Jorge Castilho, comentou o lance. Apesar do Furacão ter reclamado muito, para Castilho o juiz acertou em não marcar a penalidade máxima.

— Foi involuntário, acho que de baixo para cima. Eu notei algumas faltas invertidas, algumas no Maranhão ele deu a falta do Maranhão. Tenho notado que a arbitragem tem picotado os jogos e isso tem irritado as duas equipes, mas é uma maneira que eles estão adotando pra apitar. Não acho que a arbitragem de hoje interferiu no resultado — disse o treinador, apontando alguns erros da arbitragem a favor do adversário.

Após o fim do jogo, Maurício Barbieri, técnico do Athletico, divergiu de Castilho e não concordou com a atuação da arbritagem no lance polêmico.

— Não tem o que questionar, não tem dúvida. A bola bate na mão, a bola vai em direção ao gol, todos os critérios que a Fifa rege para ser pênalti e, até onde eu sei, tinha VAR. O resultado está sendo decidido fora das quatro linhas — disse o técnico.

image
No lance, a bola bate no braço esquerdo de Tito, do Maringá, dentro da área | Foto: Reprodução/NSports

Barbieri também relembrou outro episódio, contra o Cascavel, na primeira fase, quando um defensor utilizou o braço para impedir um gol do Athletico e o pênalti não foi marcado.

— O cenário, infelizmente, está sendo mais decidido extracampo do que em campo, porque nós tivemos um pênalti claríssimo contra o Cascavel (na primeira fase). Jogador deu um peixinho de vôlei, não foi marcado o pênalti, não tinha VAR. E hoje, nós tivemos outro pênalti claríssimo (não marcado) — explicou Barbieri.

Gramado do WD também foi pauta

Apesar de isentar o Dogão de culpa, o comandante atleticano criticou duramente o estado do gramado doEstádio Willie Davids. Lutando contra uma praga na grama, o campo de jogo estava muito castigado, o que, na visão do técnico, dificultou o jogo.

— Um absurdo alguém levantar alguma questão de gramado sintético, com um gramado nessa condição aqui. Primeiro temos que falar sobre uniformização dos estádios. Esse aqui, junto com o estádio do Paraná, foram um dos piores campo que pegamos — atacou o treinador.

Ainda de acordo com Barbieri, a condição do campo favoreceu o time do Maringá, facilitando um estilo de jogo que os donos da casa estão mais acostumados, por isso, para o treinador, o empate saiu com saldo positivo. O treinador apontou que, na Ligga Arena, com outro gramado e a torcida a seu favor, o contexto do jogo será diferente, levando vantagem para o Rubro-negro, apesar do pouco tempo para recuperar atletas e treinar para a decisão.

Mesmo jogando fora de casa e precisando vencer para se classificar para a final sem a disputa de pênaltis, Castilho também enxergou o empate como um bom resultado e acredita que é possível chegar à finalíssima contra Londrina ou Operário.

— Nós jogamos bem e iniciamos na frente. São 180 minutos, na minha concepção a semifinal está em aberto. […] O importante era não sair derrotado do nosso jogo, dentro da nossa casa, para ter que reverter lá. […] Nós sabemos da força que o Athletico tem lá, mas a nível de volume que a gente se propôs a fazer, a gente conseguiu. O empate é um resultado normal e eu estou bem feliz pelo desempenho dos atletas — afirmou o treinador do Dogão.

O jogo de volta da semifinal está marcado para a próxima quarta-feira, 19, às 20h, na Ligga Arena, em Curitiba. Quem vencer se classifica para a final e, em caso de novo empate, a decisão será nos pênaltis. O vencedor enfrenta Londrina ou Operário na final. O Tubarão venceu a ida por 1 a 0 e a volta será nesta terça-feira, 18, às 20h, no Estádio do Café, em Londrina.

Com informações da Banda B, parceira do GMC Online. Para ver mais conteúdos sobre Esporte, clique aqui.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação