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19 de dezembro de 2025

BCE: tarifas dos EUA e gastos em defesa impactam expectativas de empresas na zona do euro


Por Agência Estado Publicado 22/04/2025 às 14h46
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Uma pesquisa do Banco Central Europeu (BCE) com 79 grandes empresas não financeiras da zona do euro mostra que as tarifas anunciadas pelos EUA levaram companhias a adiar investimentos e reavaliar a dependência de insumos americanos. A maioria, no entanto, adota uma postura de “esperar para ver”, tratando as medidas como “um risco, não como parte da linha de base”. Entre as que ajustaram projeções, a expectativa é de “menor atividade e, em geral, preços mais altos”, diante da possibilidade de retaliações comerciais.

Por outro lado, os planos de aumento nos gastos com defesa foram recebidos com otimismo. Muitas empresas enxergam essas iniciativas como um estímulo à demanda, sobretudo nos setores de máquinas e construção, segundo o BCE. “Anúncios de maior financiamento para defesa foram considerados suficientemente grandes e certos para elevar as expectativas”, afirma o BC. Ainda assim, alguns alertam para pressões inflacionárias e risco de desvio de recursos de outros projetos.

Realizado entre 17 e 26 de março, o levantamento aponta sinais de recuperação na indústria europeia. Os serviços seguem com crescimento estável, mas o varejo continua fraco, com consumidores ainda cautelosos diante dos efeitos da inflação passada. Já empresas de bens de consumo relatam ao BCE melhora na demanda, impulsionada pelo mercado de trabalho aquecido, especialmente no segmento de eletrônicos e eletrodomésticos, com a substituição de produtos adquiridos durante a pandemia.

No mercado de trabalho, setores como construção e defesa seguem ampliando contratações. Os salários devem subir 3% em 2025, abaixo dos 4,3% registrados em 2024, refletindo um cenário “normalizado” de ajustes à inflação e à produtividade, segundo a autoridade monetária europeia.

O BCE ressalta que, apesar da “melhora gradual” na atividade, persistem incertezas, principalmente em relação às tarifas. O “ceticismo sobre sua duração” e o receio de impactos negativos nos EUA ainda são apontados como freios importantes.

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