20 de junho de 2025

Taxas de juros caem após leilão do Tesouro dos EUA e em ajustes pré-Copom


Por Agência Estado Publicado 06/05/2025 às 17h57
Ouvir: 03:14

Os juros futuros intermediários e longos acentuaram queda no período da tarde desta terça-feira, 6, tendo a inversão dos rendimentos dos Treasuries para o negativo – após leilão do T-note de 10 anos sólido – como catalisador. Já o vértice mais curto manteve o viés negativo que registrava desde cedo, com ajustes na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) e tendo como contraponto a alta do dólar.

No fim da tarde, as taxas mostravam 76% de chance de uma alta de 50 pontos-base da Selic na reunião de maio (para 14,75% ao ano), e 24% de alta de 25 pontos-base. Em linha, a Pesquisa do Projeções Broadcast mostra que ampla maioria (56 de 59 casas) do mercado prevê a taxa básica de juros a 14,75% no Copom desta semana.

Às 17h05, a taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 estava em 14,700%, de 14,729%, e a para janeiro de 2027 marcava 13,965%, de 14,049% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2029 recuava para 13,540%, de 13,699% no ajuste anterior.

A queda mais acentuada dos vértices intermediários e longos começou principalmente após os rendimentos da T-note de 10 anos e do T-bond de 30 anos inverterem o sinal e firmarem queda, depois leilão do Tesouro dos EUA com demanda acima da média.

“Teve mudança por conta do leilão de T-notes de 10 anos saindo a 4,342%, quando antes estava sendo negociado a 4,354%, então há um movimento geral na curva lá fora” que respinga para os juros domésticos, comenta o economista-chefe da Porto Asset, Felipe Sichel.

Já o vértice mais curto do DI teve como principal direcionador os ajustes pré-Copom. Para Sichel, em linha com o precificado na curva e pela maioria dos entrevistados do Projeções Broadcast, a Selic deve subir 50 pontos-base na quarta-feira, quando alcançará o pico de 14,75%. Contudo, pondera que o comunicado do Copom não tende a fechar a porta para novos movimentos, e a dúvida principal ficará para o balanço de riscos: se continuará assimétrico, ou se ficará simétrico.

Pela manhã o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços do Brasil, medido pela S&P Global, mostrou queda de 52,5 pontos em março para 48,9 em abril. Segundo o analista da Constância Investimentos, Leonardo Castilho Neves, o indicador mostra uma desaceleração econômica, potencialmente com menor inflação à frente, o que pode fazer com que o Copom decida reagir cortando juros em breve e isso também pode estar influenciando na curva nesta terça-feira.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

PPSA: produção de gás sobe 125,8% em abril, mas petróleo fica estável e fatia da União cai


A produção de gás natural nos contratos de Partilha de Produção atingiu um novo patamar em abril, com média de…


A produção de gás natural nos contratos de Partilha de Produção atingiu um novo patamar em abril, com média de…

Economia

Tom duro do Copom sobre Selic mantém taxas curtas de juros em alta firme


O mercado futuro de juros promoveu ajustes na curva na manhã desta sexta-feira, 20, depois que o Comitê de Política…


O mercado futuro de juros promoveu ajustes na curva na manhã desta sexta-feira, 20, depois que o Comitê de Política…

Economia

Incerteza com Selic impede Ibovespa de subir com Nova York e minério de ferro


A possibilidade de que a Selic fique no nível de 15% ao ano por um bom período, como entendimento de…


A possibilidade de que a Selic fique no nível de 15% ao ano por um bom período, como entendimento de…