Acordo UE-Reino Unido é benéfico para os 2 lados, diz premiê britânico
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou nesta segunda-feira, 19, que o acordo com a União Europeia é benéfico para os dois lados e que permite aos britânicos um acesso “sem precedentes” no mercado europeu. Em coletiva de imprensa ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do presidente do Conselho Europeu, António Costa, o premiê disse que a negociação beneficiará as indústrias siderúrgica e de pesca.
União Europeia e Reino Unido chegaram nesta segunda-feira a um acordo histórico de defesa e segurança com o objetivo de reforçar a segurança militar na Europa, no momento em que os EUA reduzem seu compromisso com o continente. O plano também flexibilizou algumas regras sobre o comércio de alimentos e aprofundou a cooperação em energia.
“Estamos prontos para trabalhar com todos os nossos parceiros, é sobre isso que é o acordo. Ele é resultado de negociações que buscam beneficiar britânicos. É hora de olhar para frente e seguir em frente”, ressaltou Starmer, ao enfatizar que essa é uma “nova era” da relação com os aliados europeus.
Von der Leyen afirmou que a mensagem do acordo é que “a Europa permanece unida” e projetou que o Reino Unido pode acessar o fundo de defesa da UE “em algumas semanas”.
Segundo ela, a UE compartilha dos mesmos interesses do que os britânicos e, por “serem bons vizinhos”, possuem o dever de trabalharem juntos. “Somos vizinhos soberanos, aliados, e mostramos que a cooperação amigável que é benéfica para ambos os lados”, reiterou, ao mencionar que o acordo traz “previsibilidade e estabilidade para pescadores de ambos os lados”.
Também presente na coletiva, Costa disse que o acordo “vira a página e olha para o futuro”, buscando o melhor em conjunto.
Questionado sobre o que espera da ligação telefônica prevista para esta segunda-feira entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ele afirmou que “espera o melhor” e reiterou o desejo de paz no conflito na Ucrânia, assim como em Gaza.