23 de junho de 2025

Planejamento informa contenção de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025


Por Agência Estado Publicado 22/05/2025 às 15h53
Ouvir: 03:11

Os ministérios do Planejamento e da Fazenda informaram nesta quinta-feira, 22, que a contenção do Orçamento foi de R$ 31,3 bilhões no primeiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas de 2025. O bloqueio nas despesas discricionárias foi de R$ 10,6 bilhões para cumprir o limite de gastos do arcabouço fiscal. Além disso, foram contingenciados R$ 20,7 bilhões, mirando o piso da meta, de déficit de R$ 31,0 bilhões.

O relatório estima que, com o contingenciamento de R$ 20,7 bilhões, o déficit primário deste ano deve ficar em linha com o piso da meta. Sem esse congelamento, seria de R$ 51,7 bilhões.

A meta de resultado primário do Governo Central deste ano é de resultado neutro, de 0% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme estabelecido pelo arcabouço fiscal, que prevê uma banda de tolerância de 0,25 ponto porcentual. O Orçamento havia sido aprovado pelo Congresso com um déficit de R$ 15 bilhões.

A projeção da equipe econômica para as receitas primárias totais da União neste ano oscilou de R$ 2,930 trilhões para R$ 2,899 trilhões. Já a estimativa para a receita líquida – livre de transferências para os governos regionais – passou de R$ 2,360 trilhões para R$ 2,318 trilhões neste ano.

Do lado das despesas primárias, a previsão de gasto total em 2025 subiu de R$ 2,390 trilhões para R$ 2,415 trilhões. Com as revisões deste relatório, o volume de gastos obrigatórios passou de R$ 2,169 trilhões para R$ 2,205 trilhões, enquanto as despesas discricionárias variaram de R$ 221,1 bilhões para R$ 210,6 bilhões neste ano.

O governo decidiu pela abertura do crédito adicional de R$ 12,4 bilhões que foi incorporado no limite de gastos do Orçamento deste ano. Essa possibilidade existe por causa da variação da inflação estimada ao enviar a peça e a realizada em 2024, conforme previsto no arcabouço fiscal.

Como ocorre em todo processo de elaboração do relatório de avaliação bimestral de despesas e receitas, o governo fixa primeiro o valor que deverá ser congelado e, depois, esse montante é repartido entre as áreas. O detalhamento do impacto por pasta deve ocorrer posteriormente, como de praxe, quando um decreto com o congelamento por área é publicado no Diário Oficial.

A revisão das contas do governo em 2025 só está ocorrendo agora em virtude da demora na aprovação do Orçamento. O Congresso aprovou o texto em março e a sanção ocorreu em abril. Ao longo desses meses, a execução orçamentária seguiu regras mais rígidas e houve um efeito conjuntural reforçando o caixa no início deste ano.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Bank of New York Mellon aborda Northern Trust para potencial fusão


O Bank of New York Mellon contatou a Northern Trust na semana passada para expressar interesse em se fundir com…


O Bank of New York Mellon contatou a Northern Trust na semana passada para expressar interesse em se fundir com…

Economia

Bolsas da Europa fecham em baixa, com expectativas por desdobramentos de ataque dos EUA ao Irã


As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta segunda-feira, 23, com uma sessão marcada pela atenção aos próximos passos do…


As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta segunda-feira, 23, com uma sessão marcada pela atenção aos próximos passos do…

Economia

Lira dá parecer favorável a projeto que eleva limite da 1ª faixa da tabela do IR a R$ 2.428,80


O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), apresentou nesta segunda-feira, 23, o parecer sobre o projeto de lei…


O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), apresentou nesta segunda-feira, 23, o parecer sobre o projeto de lei…