Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

19 de dezembro de 2025

Copo meio cheio do bimestral foi revisão de receitas extraordinárias, diz Gabriel Leal, da ARX


Por Agência Estado Publicado 22/05/2025 às 18h57
Ouvir: 00:00

O “copo meio cheio” da divulgação do relatório bimestral do governo hoje foi a revisão da expectativa de entrada de receitas extraordinárias neste ano, o que levou a um contingenciamento de R$ 20,7 bilhões nas despesas deste ano, avalia o economista-chefe da ARX Investimentos e ex-diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Gabriel Leal de Barros.

“Apesar de atrasada foi uma limpeza boa”, diz Leal de Barros, em referência à retirada ou diminuição da previsão de receitas advindas de decisões do Carf e da concessão de rodovias.

O economista reconhece que o anúncio total de congelamento (a soma entre bloqueio e contingenciamento) de R$ 31,3 bilhões pode até ter sido muito acima das expectativas do mercado, mas “perdeu um pouco do brilho” porque o governo também aumentou o seu limite de despesas no ano dentro do arcabouço, dado o aumento da inflação no período. “O headline do anúncio não foi tão forte, porque o teto de gastos foi ampliado em R$ 12,4 bilhões”, atenta o economista que, por isso, considera que o “congelamento líquido” ficou na casa de R$ 18,9 bilhões.

Entre os pontos de atenção, Leal de Barros ainda aponta que, para cumprir as metas fiscais do ano, o governo buscou se apoiar na “bengala” de aumento de IOF, que deve garantir receita na casa de R$ 20,0 bilhões, mas cuja efetivação é incerta.

Assim, a avaliação de Leal de Barros é que o governo está focado em buscar, no máximo, a banda de déficit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) e não o centro da meta, de déficit zerado. “O governo reforça a estratégia de controle de danos'”, diz ele.

Além de acreditar que não haverá novas contenções à frente, Leal de Barros aponta que pode, na verdade, haver um “descongelamento” do que já foi anunciado em corte de despesas agora. “Foi mencionado pelo secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, que tem uma receita que pode ser incluída, aliada ao leilão de áreas remanescentes do pré-sal, de R$ 15,0 bilhões. Não leria que esse congelamento pode ficar até o final do ano.”

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Haddad admite que Orçamento de 2026 tem desafios, mas defende que cumprimento é crível


“Não há nada incoerente na peça orçamentária de 2026, tem desafios, mas é crível”, disse o ministro da Fazenda, Fernando…


“Não há nada incoerente na peça orçamentária de 2026, tem desafios, mas é crível”, disse o ministro da Fazenda, Fernando…

Economia

Haddad: Gostaria de ter avançado mais com agências de risco, mas vejo conjunto da obra


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 18, que vai continuar perseguindo o grau de investimento enquanto continuar…


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 18, que vai continuar perseguindo o grau de investimento enquanto continuar…

Economia

União Europeia adia assinatura de acordo comercial com Mercosul


Lideranças da União Europeia (UE) não conseguiram desbloquear a assinatura imediata do acordo comercial com o Mercosul. A presidente da…


Lideranças da União Europeia (UE) não conseguiram desbloquear a assinatura imediata do acordo comercial com o Mercosul. A presidente da…