21 de junho de 2025

Nucria apura denúncia de maus-tratos a crianças em abrigo de Maringá


Por Thiago Danezi, com Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 27/05/2025 às 16h32
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O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) está apurando denúncias de maus-tratos em um abrigo municipal infantil de Maringá. A investigação começou após sete crianças escaparem da unidade na segunda-feira, 26, e alegarem terem sido vítimas de agressões. O caso mobilizou a Guarda Municipal e o Conselho Tutelar, que foram acionados em duas ocasiões: durante a fuga e, posteriormente, quando as crianças subiram no telhado do abrigo como forma de protesto.

A Secretaria de Assistência Social (SAS) informou que adotou uma série de medidas emergenciais para melhorar as condições da unidade. Entre as ações estão pequenos reparos estruturais para evitar novas fugas e reforço da equipe de atendimento, especialmente nos horários mais críticos do dia.

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Foto: RPCtv | Reprodução

Segundo o secretário da SAS, Leandro Bravin, o número de servidores está sendo ampliado com o remanejamento de funcionários de outras unidades da assistência social e com o apoio da Secretaria de Educação. “Estamos aumentando o número de educadores de base por turno para garantir melhor acolhimento e segurança das crianças”, afirmou. Atualmente, o abrigo conta com 34 profissionais, entre psicólogos, assistentes sociais, cuidadores e educadores.

Além das reformas internas e da ampliação da equipe, a Guarda Municipal também passou a atuar na área externa do prédio para garantir a segurança dos acolhidos e dos servidores.

A longo prazo, a Prefeitura estuda transferir as crianças para um novo imóvel, já em fase de definição, e também fortalecer o programa de famílias acolhedoras. “Pelo menos 20 novas famílias estão sendo credenciadas para receber crianças, tanto dos abrigos infantis quanto do abrigo de adolescentes, por determinação judicial”, disse Bravin.

A delegada Karen Nascimento, responsável pela investigação, esteve no abrigo nesta terça-feira (27) para ouvir as crianças. “Sete crianças foram ouvidas por psicólogas especializadas. Também conversamos com a diretora da unidade para identificar os educadores e servidores que atuam no local e que serão ouvidos nas próximas etapas da investigação”, explicou.

De acordo com a delegada, o abrigo está em situação precária e abriga, atualmente, 26 crianças em situação de vulnerabilidade, vítimas de abandono, negligência ou violência. “Constatamos que a estrutura não é adequada para o acolhimento. Agora aguardamos os relatórios das escutas especializadas para dar prosseguimento à investigação e instaurar o inquérito policial”, afirmou.

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