23 de junho de 2025

Ouro fecha em alta e retoma os US$ 3.300 com incertezas tarifárias e desemprego nos EUA


Por Agência Estado Publicado 29/05/2025 às 14h40
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O ouro voltou a ultrapassar os US$ 3.300 por onça nesta quinta-feira, 29, recuperando-se das perdas registradas mais cedo na sessão, à medida que o mercado avalia as consequências da decisão judicial que bloqueou a maior parte das tarifas comerciais impostas por Donald Trump.

Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do ouro para junho avançou 0,67%, fechando a US$ 3.317,10 por onça-troy.

O sentimento favorável ao risco ganhou força após os fortes resultados da Nvidia, divulgados na noite de quarta-feira, o que levou investidores a migrarem para ações e a reduzirem posições defensivas em ouro, segundo analistas.

Além disso, a decisão do Tribunal de Comércio Internacional dos EUA, que considerou ilegais a maioria das tarifas impostas por Trump, aumentou o apetite por risco e provocou uma liquidação temporária do metal. No entanto, o sentimento de “risk-on” durou pouco, segundo Alex Kuptsikevich, analista da FxPro: “A apelação da administração Trump contra a decisão freou rapidamente o otimismo inicial, o que devolveu força ao ouro”, escreveu.

O metal dourado também ganhou fôlego após dados nos EUA mostrarem um aumento maior que o esperado nos pedidos semanais de seguro-desemprego, sugerindo um possível enfraquecimento do mercado de trabalho.

“O ouro está subindo com o salto nos pedidos de auxílio-desemprego. Isso pode antecipar um corte nos juros pelo Fed”, afirmou Tai Wong, da FXStreet.

Analistas do Goldman Sachs reforçaram a visão do ouro como proteção de longo prazo diante das crescentes incertezas institucionais nos EUA. “Quando ações e títulos renderam negativamente ao mesmo tempo, ouro ou petróleo ofereceram retornos reais positivos. Com o mercado de ouro sendo pequeno em relação a outras classes de ativos, até pequenos movimentos de diversificação podem levar a uma nova disparada dos preços.”

Agora, os investidores voltam as atenções para o índice de inflação de gastos com consumo (PCE), que será divulgado na sexta-feira e pode influenciar os próximos passos do Federal Reserve.

* Com informações da Dow Jones Newswires

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