24 de julho de 2025

Correção: Galípolo: debates sobre fiscal acontecem com avanços e bloqueios


Por Agência Estado Publicado 26/06/2025 às 15h10
Ouvir: 03:56

Na matéria divulgada anteriormente, o trecho que fala das interlocuções entre Executivo e o Legislativo sobre temas fiscais, estava incompleto. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, citou também o presidente da Câmara, Hugo Motta, como uma das pessoas com “disposição muito grande” para construir propostas estruturais para os temas fiscais. Segue a nota corrigida e o título original.

Galípolo: debates sobre fiscal acontecem com avanços e bloqueios, é normal na democracia

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira, 26, que, no Brasil, é positivo que ocorram debates sobre como endereçar medidas estruturantes para a sustentabilidade da evolução da dívida pública – algo que nem sempre ocorre internacionalmente. Galípolo reiterou que algumas vezes esses debates sobre fiscal acontecem com avanços e bloqueios, próprios do processo democrático. “Prefiro o processo democrático. Essas dores do processo democrático parecem ser bem-vindas”, disse.

Os comentários foram feitos durante entrevista coletiva para comentar o Relatório de Política Monetária (RPM) do segundo trimestre.

Segundo o presidente do BC, há um tema global sobre desequilíbrio entre oferta e demanda em títulos públicos nos últimos anos. “Houve oferta crescente, dado todo esforço fiscal nos últimos anos por questões excepcionais”, disse, como a Segunda Guerra, crise de 2008 e choque da pandemia de covid-19. Já do lado da demanda, tem uma série de discussões regulatórias, de reduzir participação de bancos enquanto demandantes de títulos públicos; ou atuarial, de envelhecimento da população.

Ele afirmou ainda que, no Brasil, pode haver confusão entre o que é a taxa de juros mais de longo prazo, e o que é a taxa de juros que corresponde à política monetária. “Confusão sobre essas duas taxas talvez seja intensificada no Brasil porque há títulos públicos que são Selicados, que têm correlação com a Selic, e acaba juntando o que é juros pago pelo setor público com o que é a Selic”, explica o presidente do BC.

Segundo Galípolo, a taxa de juros de médio e longo prazo tende a responder mais a fatores que correspondem ao fiscal – até pela dinâmica de oferta e demanda de títulos públicos – do que a política monetária em si.

Interlocuções entre Executivo e o Legislativo sobre temas fiscais

O presidente do Banco Central disse ainda que em todas as oportunidades de interlocução com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Legislativo, encontrou “disposição muito grande” para construir propostas estruturais para os temas fiscais.

Entre exemplos de interlocução, Galípolo citou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente Lula, e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta.

O presidente do BC também enfatizou que o BC consome informações sobre fiscal a fim de realizar o trabalho de perseguir a meta e demonstrar compromisso com ela.

Sinalizações

Galípolo disse também que uma sinalização positiva na direção da sustentabilidade da dívida pública pode oferecer uma vantagem competitiva para o Brasil, principalmente no cenário atual – de incerteza internacional e revisão de portfólios.

O BC repetiu na ata e no comunicado que observa como o fiscal reflete no preço dos ativos e nas expectativas de inflação, enfatizando que vê “com bons olhos o debate sobre medidas estruturantes”.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Multiplan tem lucro líquido de R$ 264,3 milhões no 2º trimestre


A Multiplan – dona de uma rede com 20 shopping centers – teve lucro líquido de R$ 264,3 milhões no…


A Multiplan – dona de uma rede com 20 shopping centers – teve lucro líquido de R$ 264,3 milhões no…

Economia

Visando tarifas, produção automotiva britânica no 1º semestre atinge menor nível desde 1953


A produção automotiva britânica no primeiro semestre deste ano atingiu seu nível mais baixo desde 1953, excluindo a paralisação do…


A produção automotiva britânica no primeiro semestre deste ano atingiu seu nível mais baixo desde 1953, excluindo a paralisação do…

Economia

Taxas seguem exterior e encerram sessão de quinta em alta


A curva a termo percorreu a segunda etapa do pregão desta quinta-feira, 24, com abertura em quase todos os vértices,…


A curva a termo percorreu a segunda etapa do pregão desta quinta-feira, 24, com abertura em quase todos os vértices,…