‘Vou cortar os dedos do seu filho’: homem forja próprio sequestro para extorquir o pai no Paraná
Um homem de 31 anos foi preso após forjar o próprio sequestro com o objetivo de extorquir R$ 180 mil do próprio pai, em Apucarana, no norte do Paraná. O caso foi revelado pela Polícia Civil durante uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, 4. Segundo a investigação, o suspeito enviou uma foto onde aparece amarrado e ameaçou cortar os próprios dedos para pressionar a família.
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De acordo com o delegado André Garcia, da 17ª Subdivisão Policial (SDP), tudo começou na segunda-feira (1º), quando o pai do suposto sequestrado passou a receber mensagens de um número de São Paulo. Os criminosos diziam que o filho estava em cativeiro e exigiam o pagamento do valor para libertá-lo. “Ele ficou muito abalado, começou a reunir familiares para levantar o dinheiro, e só na quinta-feira procurou a polícia”, explicou o delegado.
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A pressão psicológica aumentava a cada mensagem: os suspeitos ameaçavam matar a família e diziam que iriam enviar os dedos do filho caso o valor não fosse pago. O pai chegou a oferecer R$ 40 mil em contraproposta, enquanto a polícia, que já havia sido acionada, iniciava as investigações.
Menos de 24 horas depois, a Polícia Civil conseguiu localizar o suposto cativeiro, no Distrito de Sete de Maio, em Cambira. No local, foi descoberta a farsa: o filho estava em segurança, e tudo fazia parte de um plano arquitetado por ele mesmo. “Quando foi encontrado, ele disse que estava na casa de um amigo. Mas, ao chegar na delegacia e perceber a gravidade, mudou a versão. Ainda assim, ficou claro que ele foi um dos mentores do crime”, completou o delegado Garcia.
Além do filho, outros dois suspeitos foram presos: um homem de 61 anos, dono da casa usada como “cativeiro”, e uma mulher, que também estaria envolvida no golpe. A identidade dela e a idade não foram divulgadas.
Segundo a polícia, o homem que se fingiu de sequestrado é usuário de drogas, e há indícios de que o crime tenha relação com dívidas com o tráfico. Os três envolvidos devem responder por extorsão, e as investigações continuam para identificar possíveis coautores, incluindo traficantes que poderiam estar pressionando o grupo.
Com informações do site TNonline.
