Castilho é mantido pela diretoria, espera por reforços e ainda acredita na classificação
Após a derrota para o Brusque nesta segunda-feira, 14, pelo Brasileirão Série C, a diretoria do Maringá decidiu pela manutenção de Jorge Castilho no comando da equipe. A decisão foi comunicada pelo próprio treinador em entrevista coletiva.
— Estávamos com a diretoria, conversando sobre o momento que a gente está vivendo. E tem
coisas que você precisa resolver rápido, não dá para deixar para depois. O resultado [da reunião] é dar
continuidade naquilo que nós estamos fazendo — disse o técnico.

Mantido, Castilho continua como um dos técnicos mais longevos do futebol brasileiro. Desde abril de 2021 (4 anos e 3 meses) como comandante efetivo do Dogão, ele está atrás apenas de Abel Ferreira, do Palmeiras, que chegou ao clube paulista em novembro de 2020. Juan Pablo Vojvoda, demitido do Fortaleza nesta segunda-feira, era o terceiro do ranking, tendo sido contratado em maio de 2021.
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Amargando uma sequência de oitos jogos sem vencer na Série C e com a janela de transferências aberta desde quinta-feira, 10, a cobrança por reforços no Maringá FC só aumenta. Ainda na reunião de Castilho com a diretoria, o treinador apresentou nomes e revelou ter tido um retorno positivo.
—É óbvio que nós precisamos e conversamos com a diretoria sobre jogadores, sobre peças. Nos garantiram que essa semana virão peças para nos ajudar. Os atletas que estão aqui, estão entregando ao máximo. Nós tivemos perda de jogadores, nós tivemos trocas de jogadores. E as coisas ainda não se encaixaram, não andaram. E a diretoria entende isso também. Agora nós estamos correndo contra o tempo.
— Foram passados alguns nomes, eles gostaram de alguns nomes. E agora é o mercado que vai responder para nós.
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Enquanto ainda não ganha novas peças, o treinador vê sua equipe fazer partidas ruins e perder posições na tabela. Com a nova derrota, o Maringá FC chegou a três partidas seguidas sem marcar gols e agora é a segunda pior defesa do campeonato, com 16 gols sofridos em 12 jogos. Apesar do mau desempenho em campo, Castilho jogou para si a responsabilidade da derrota.
— Hoje não teve reação no segundo tempo, tem coisas que é até difícil de explicar. Nós fizemos um primeiro tempo muito bom, com algumas oportunidades, com bastante volume, com bastante entrega, muito seguro. As coisas não aconteceram no segundo tempo, nós não voltamos. A responsabilidade é minha sobre o time não ter jogado no segundo tempo. Falei isso para a diretoria também. O momento é ruim e às vezes a tomada de decisão do atleta não é aquilo que ele quer, mas o momento faz com que as coisas não aconteçam.
O revés também deixou o Tricolor na 13ª posição, com 14 pontos. Três pontos separam o time do G8 e, ao mesmo tempo, do Z4. Para Castilho, a equipe deve continuar “olhando para cima”.
— A gente não tem que pensar em olhar para baixo, nós temos que olhar para cima, buscar a parte de cima, buscar estar entre os oito. Eu não posso chegar aqui e falar que eu vou jogar a toalha sabendo que nós temos condições, nós temos elenco para isso. Com os reforços que vão chegar, eu acredito muito que as coisas vão mudar. Então eu não posso nem pensar na zona de rebaixamento.
— Nós temos sete jogos para pontuar o máximo, buscar essa classificação. Porque eu ainda acredito muito e acredito muito também no trabalho da diretoria.
O treinador fechou a coletiva pedindo desculpas ao torcedor pelos maus resultados. O Maringá FC possui uma das maiores médias de público da Série C, com cerca de 5.300 torcedores por jogo. Contra o Brusque, foram 5.559 pessoas nas arquibancadas.
— Peço desculpas ao torcedor, ao torcedor de fato, que entende e que vem pra torcer. Eu peço desculpas. É falar pro torcedor que nós vamos virar essa chave e vamos buscar essa classificação.