Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

15 de dezembro de 2025

Curva encerra sessão de quinta com queda em quase todos os vencimentos


Por Agência Estado Publicado 17/07/2025 às 18h33
Ouvir: 00:00

A curva de juros local operou com os vértices mais curtos batendo mínimas intradia na segunda etapa do pregão desta quinta-feira, 17, enquanto os vencimentos intermediários e longos também cederam. O aumento das tensões comerciais e pesquisas eleitorais que indicaram quadro mais favorável para o presidente Lula em 2026 foram digeridos pelo mercado na sessão de ontem, o que pode ter provocado uma correção nas posições hoje. A queda do dólar ante o real e a influência do cenário externo também forneceram alívio às taxas futuras.

Encerrados os negócios, a taxa do Contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026 ficou em 14,945%, igual ao ajuste desta quarta, 16. O DI de janeiro de 2027 passou de 14,370% no ajuste da véspera para 14,345%. O DI de janeiro de 2028 ficou em 13,700%, vindo de 13,758% no ajuste anterior. O DI do primeiro mês de 2029 recuou de 13,702% no ajuste antecedente para 13,620%.

Os investidores reagiram à decisão de ontem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que reverteu a derrubada do Legislativo e manteve o aumento do Imposto sobre Operações Financeiros (IOF) sobre uma série de transações, conforme decreto presidencial – exceto sobre operações de risco sacado. Se, de um lado, a resolução do magistrado indica uma vitória do Executivo e, portanto, uma relação ainda pouco amistosa com o Congresso, de outro, a elevação do tributo ajuda na arrecadação, contribui para desacelerar a atividade e, consequentemente, a inflação.

“As pesquisas eleitorais e falas do presidente dos EUA, Donald Trump foram absorvidas pelo mercado no pregão de ontem, e grande parte desses fatores já foi incorporada aos preços”, diz Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

Na sessão de hoje, avalia Cruz, fizeram mais preço as elevações do IOF aprovadas na noite de quarta pelo STF – que o mercado sempre interpretou como um fator que ajudaria a tarefa do Banco Central de controlar a inflação.

“Por mais que haja uma queda de braço entre governo e Congresso, o mercado desde o início interpreta a alta do IOF como algo que ajudaria o BC. Todo aumento de imposto joga a atividade para baixo e pressiona menos a demanda, o que faz o mercado precifica juros menores”, explica Cruz.

Ainda do lado doméstico, foi divulgado hoje o Índice Geral de Preços (IGP-10) de julho, que recuou 1,65% no mês, influenciado principalmente pela redução de 2,42% no componente de atacado do indicador. “Temos um quadro mais benigno de inflação. Temos visto semana após semana o consenso de mercado reduzindo as projeções para a alta do IPCA e também para o IGP-M”, observa o estrategista-chefe da RB.

O exterior, por fim, também contribuiu com a tendência comportada dos Dis na sessão de hoje. Os rendimentos dos Treasuries operaram em queda na maior parte da tarde. Os títulos reagiram à negativa do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a possibilidade de demitir o comandante do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, assim como ao anúncio feito ontem pelo republicano de que divulgará em breve uma tarifa entre 10% e 15% para 150 parceiros comerciais restantes. “Isso foi visto como um patamar razoável”, diz Cruz.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

BoJ: Sentimento de fabricantes japoneses melhora e reforça perspectiva de alta dos juros


Um importante indicador do sentimento empresarial no Japão melhorou pelo terceiro trimestre consecutivo, graças à redução da ansiedade em relação…


Um importante indicador do sentimento empresarial no Japão melhorou pelo terceiro trimestre consecutivo, graças à redução da ansiedade em relação…

Economia

Hassett diz que Fed pode rejeitar opiniões de Trump se for escolhido presidente do BC dos EUA


Um dos principais candidatos à indicação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à presidência do Federal Reserve (Fed), Kevin…


Um dos principais candidatos à indicação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à presidência do Federal Reserve (Fed), Kevin…

Economia

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo do FIN


O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação…


O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação…