Panorama Econômico do Primeiro Semestre de 2025

Como fechou o primeiro semestre de 2025 no âmbito político e econômico? a seguir, veremos como foi o primeiro semestre do ano e quais os principais acontecimentos que levaram respondem a esse questionamento.
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O primeiro semestre de 2025 foi marcado por fragilidade econômica global e incertezas, começando com a análise do Banco Mundial, que revisou a previsão de crescimento global para apenas 2,3%, o menor ritmo desde a pandemia, com revisão de expectativas devido ao protecionismo e incerteza política.
O FMI, por sua vez, estimou crescimento um pouco mais otimista, de 3,3%, embora tenha alertado para riscos como inflação persistente e possível recessão em algumas regiões.
Na Europa, a Alemanha entrou em recessão pelo segundo ano consecutivo, enquanto a Irlanda apresentou crescimento econômico robusto, com taxa de desemprego de 3,9% e aumento real da renda. Ainda assim, países em expansão se mostram vulneráveis a uma nova guerra comercial entre EUA e União Europeia, especialmente em setores estratégicos como o farmacêutico.
No primeiro semestre, as principais economias enfrentam desafios significativos, especialmente após medidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos, lideradas pelo então presidente Donald Trump. Entre elas, a imposição de tarifas de até 50% sobre produtos de diversos países, incluindo o Brasil, afetou diretamente o comércio internacional, que registrou retração entre 1,5% e 2%.
Mas, o que isso tem a ver com o Brasil?
O efeito e consequências de algumas ações e movimentações internacionais, pode acarretar desaceleração do comércio internacional, impactando diretamente a balança comercial: menos demanda externa, os preços caem prejudicando a economia brasileira, causando problemas na geração de empregos e poder de compra.
Já a volatilidade cambial e a queda do dólar, reduz a competitividade das exportações brasileiras, além do mais, a efetivação do aumento de barreiras tarifárias podem gerar conflitos entre blocos econômicos importantes, criando um ambiente de maior incerteza para investidores e exportadores brasileiros. Além disso, a maior volatilidade nos preços das commodities afeta diretamente o agronegócio, que atualmente é responsável por boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025.
Em uma economia mais fechada, tenso e volátil, o Brasil perde mercado, atratividade e previsibilidade. Isso afeta desde o preço de itens da cesta básica no mercado até os planos de expansão de grandes empresas, como internacionalização e exportação.
Apesar do cenário global adverso, a economia brasileira apresentou resultados positivos no primeiro semestre. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 2,9% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionado principalmente pelo setor agropecuário, que teve um aumento expressivo de 12,2% no primeiro trimestre. A indústria também avançou, com crescimento de 2,4%.
Mesmo com o crescimento do PIB, o Banco Central manteve a taxa Selic elevada, próxima de 14,25% a 15%, com o objetivo de conter a inflação, que tem projeção de fechar o ano entre 5% e 5,4%. O alto custo do crédito, no entanto, impacta diretamente o consumo das famílias e o nível de investimento, sobretudo em um país com elevado nível de endividamento da população. Atualmente a taxa SELIC está em 15% a.a.
Os destaques com US$ 82 bilhões em exportações do agronegócio no primeiro semestre. O turismo internacional também surpreendeu positivamente, com recorde de 1,4 milhão de visitantes nos primeiros meses do ano, o que movimentou a economia do país como um todo.
Ainda assim, desafios climáticos como o calor extremo e as secas, são fatores que preocuparam e ainda preocupam os brasileiros. Além disso, vem sendo pauta de discussão no congresso e em níveis estaduais e municipais. A proximidade da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que acontecerá em Belém do Pará em novembro, tem intensificado as discussões sobre produção eficiente e sustentável no país. A realização da COP30 no Brasil representa uma oportunidade para o país demonstrar potenciais econômicos, desejo de melhorias e iniciativas sustentáveis.
Em nível municipal, Maringá destacou-se pela execução de projetos e investimentos em infraestrutura, segurança, saúde, educação e cultura. Analisando a gestão atual, houve avanços no município. A principal notícia econômica da cidade, foi que o aeroporto de Maringá registrou neste ano a maior quantidade de embarques e desembarques da história em um primeiro semestre. De janeiro a junho, foram 421.941 passageiros entre partidas e chegadas e 1.944 voos. O crescimento foi de 13,82% na comparação com o primeiro semestre do ano passado, quando 370.710 passageiros embarcaram e desembarcaram. Com o resultado, 2025 supera 2024, que até então detinha o recorde de movimentação no período.
“O Aeroporto é regional e o movimento deixa evidente a força econômica da nossa cidade e da região”, destaca Gustavo Vieira, superintendente do aeroporto. Com isso a cidade fica mais atrativa. A Prefeitura também finaliza a licitação de um grande pacote de obras para reformar, ampliar e modernizar todo o Terminal de Passageiros. O investimento será de R$ 118 milhões, com verbas do município e do Governo Federal, prometendo aquecer a economia da cidade como um todo.
Além disso, Maringá se destaca como a região mais otimista do Paraná quanto ao desempenho do comércio no segundo semestre de 2025. É o que revela uma pesquisa realizada pela Fecomércio PR em parceria com o Sebrae/PR. O levantamento mostra que 37,7% dos empresários maringaenses acreditam em um aumento no faturamento, superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Por fim, o primeiro semestre de 2025 demonstrou que, apesar de avanços significativos em alguns setores, o cenário econômico mundial segue instável. Não houve recessão, mas o ritmo ainda é lento, desigual entre as regiões e vulnerável a choques geopolíticos e comerciais. O Brasil, embora em crescimento, enfrenta riscos fiscais, cambiais e climáticos. Já Maringá apresenta um quadro promissor, com forte atuação da gestão pública e boas perspectivas para o segundo semestre.
