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18 de dezembro de 2025

Médica que teve rosto desfigurado por fisiculturista diz que fingiu desmaio para não ser morta


Por Agência Estado Publicado 25/08/2025 às 13h52
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Samira Khouri foi agredida pelo então namorado, o fisiculturista Pedro Camilo Garcia Castro, de 24 anos, em julho deste ano em Santos, litoral paulista. Em entrevista ao programa Fantástico no domingo, 24, a médica de 27 anos relembrou o drama sofrido no dia do seu aniversário e falou das sequelas deixadas pela violência que sofreu.

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Foto: Reprodução/Instagram

Conforme a exibição, Castro foi preso em flagrante. Teve a prisão convertida em preventiva. Ele vai responder por tentativa de feminicídio. A defesa dele lamenta as agressões sofridas pela mulher e afirma que recorrerá ao Superior Tribunal da Justiça (STJ).

Samira sofreu fratura no crânio e múltiplas fraturas na face e não pode mais sorrir. O lado esquerdo do rosto está paralisado e ela também perdeu 50% da visão do olho mais atingido. Para andar, a jovem depende de ajuda da mãe.

“Durante as agressões, o Pedro quebrou todas as estruturas que seguram o meu globo ocular, além de vários ossos da minha face, principalmente do lado esquerdo. O meu lado esquerdo (do rosto) está com várias placas para poder estabilizar as fraturas. Tive a maioria dos ossos do nariz quebrados”, relatou a jovem ao programa da TV Globo.

Segundo a reportagem, os dois, que moravam Santos, alugaram um apartamento em Moema, zona sul da capital paulista, para comemorar o aniversário de 27 anos de Samira.

Na capital, foram para uma casa noturna. Ao chegarem ao local, descobriram ser uma balada gay. “Chegando lá, a gente viu que era uma balada gay. A gente entrou. Lá, fizemos uma amizade. Então ficamos eu e mais três meninos, era um casal e um amigo deles que também era gay. Ficamos quase a balada inteira juntos”, disse ela ao Fantástico.

Segundo ela, quando o namorado a viu conversando com outros, ficou nervoso e querendo brigar. Ele foi retirado do local por seguranças. “Ele ficou muito nervoso, muito agitado. Ficou exaltado, querendo brigar. Aí, os seguranças o tiraram da balada.”

De volta ao apartamento, Samira chegou sozinha, pouco antes de Castro. “Ele chegou muito nervoso comigo. Na hora, fiquei com medo. O Pedro me deu um soco, eu caí no chão e não lembro de mais nada”, disse a jovem.

Castro continuou o espancamento por cerca de seis minutos. “Quando acordei, ele ainda estava me batendo. A primeira coisa que eu pensei foi: eu preciso ficar quieta. Se ele fez tudo isso comigo achando que eu estava desmaiada – o que ele vai fazer se ele ver que eu tô acordada? Ele me deu mais uns 12 socos enquanto eu acordei. Quando ele me socava no rosto, eu sentia uma dor como se alguém tivesse me tirando a vida”, desabafou a médica.

Após o espancamento, Castro pegou o celular de Samira e saiu do apartamento. Em seguida, a polícia a encontrou com o rosto desfigurado, depois de ser acionada por moradores que ouviram o barulho vindo do apartamento. O agressor quebrou a mão direita, em razão da violência das agressões no rosto de Samira.

Internada com fratura de crânio e múltiplas fraturas na face, Samira ficou doze dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e depois foi para o quarto. Após alta, a jovem ainda precisará por outras cirurgias no rosto.

Na audiência de custódia, segundo a reportagem, Castro alegou fazer uso de medicamentos controlados e anabolizantes, além de ter diagnóstico de bulimia e depressão. O juiz converteu a prisão em flagrante em preventiva. Ele vai responder por tentativa de feminicídio. Sua defesa disse que vai recorrer.

Por sua vez, durante a exibição do programa, a advogada de Samira, Gabriela Mansur, afirmou ter provas da materialidade dos fatos. “E não ter feito nada para salvar pedindo ajuda demonstra inequivocamente que se trata de uma tentativa de feminicídio.”

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