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16 de dezembro de 2025

OAB-SP sinaliza que irá ajuizar ADI no Supremo para contestar PEC dos Precatórios


Por Agência Estado Publicado 03/09/2025 às 16h04
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A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) sinaliza que pretende ajuizar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a PEC 66/2023, aprovada na terça-feira, 2, pelo Senado. Em nota, a entidade afirma que a PEC dos precatórios é uma “agressão à responsabilidade fiscal e transfere para o cidadão o ônus das ações perdidas por prefeituras e Estados”.

Segundo o presidente da Comissão Especial de Assuntos Relativos a Precatórios Judiciais da OAB-SP e presidente do Movimento dos Advogados em Defesa dos Credores Alimentares do Poder Público (Madeca), Vitor Boari, a longo prazo, a PEC tende a multiplicar a dívida dos precatórios de forma contínua, tornando-a insustentável. “A mecânica da PEC resulta em amortização negativa, pois os pagamentos mensais serão inferiores aos encargos de juros e correção. Isso vai comprometer a solvência do ente público no longo prazo e dizimar a esperança dos credores no recebimento de seu precatório”, afirma.

Ele argumenta que o texto não traz alternativas de pagamento para o passivo dos precatórios, e diz que isso deve tornar a dívida associada a eles insolvível, diante da insuficiência dos pagamentos anuais para cobrir os encargos da dívida e a incapacidade do sistema para absorver o fluxo de novos precatórios. “O que vemos, novamente, é o Congresso Nacional com soluções midiáticas de curto prazo, legislando com olhos sempre na próxima eleição para atender à União, aos governadores e aos prefeitos e deixando ao léu todos aqueles que os elegeram. Aproveitaram o julgamento no STF como elemento de distração e aprovaram a PEC sem chamar a atenção.”

Na terça-feira, o Senado concluiu a votação PEC 66/2023, que estabelece limites para o pagamento de precatórios e abre novo prazo de parcelamento de débitos dos municípios com seus regimes previdenciários próprios e com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Foram 71 votos a favor e dois contrários na votação em segundo turno. A sessão de promulgação deve ser realizada na terça-feira, 9.

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