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04 de dezembro de 2025

Charlie Kirk e a esquerda extremista 


Por André Marsiglia Publicado 16/09/2025 às 14h33
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O assassinato de Charlie Kirk expõe, de maneira cruel, os limites reais do debate público. Mais do que a perda de uma pessoa que tinha como marca o estímulo ao confronto de ideias, sua morte e as reações que ela provocou revelam quem de fato hoje deseja interditar a pluralidade democrática: a esquerda. 

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Foto: Reprodução/Instagram

O verdadeiro risco à liberdade de expressão em uma democracia não está na defesa de ideias radicais, mas na interdição do debate. Se as ideias de Kirk, vistas como extremistas, são interditadas pela violência da esquerda, a esquerda é a extremista. 

A liberdade de expressão serve como motor do debate púbico, portanto, seu limite lógico é desejar a extinção do outro. Sem o outro não há debate, quando alguém deseja ou celebra a morte do interlocutor, deseja a extinção do próprio debate, extingue a razão de ser da liberdade de expressão.
Falar sozinho é ato típico do tirano. É o que regimes autoritários promovem: a eliminação do contraditório para que reste apenas a versão oficial. É por isso que, quando artistas e políticos de esquerda comemoram a morte de Charlie Kirk, não se trata de liberdade de expressão. Trata-se de um ato de censura ao diferente, à pluralidade, o que se almeja é justamente eliminar a possibilidade de troca de ideias. 

O mesmo fenômeno foi visto quando Olavo de Carvalho morreu: a celebração da morte como recurso político, como se o silêncio de quem incomodava fosse um triunfo democrático. Esse comportamento precisa ser chamado pelo nome correto: extremismo. 

Repitamos à exaustão: extremismo não é defender ideias extremas. Conceitos radicais são, muitas vezes, motor de transformação. Extremismo é impedir que o outro defenda suas ideias. É interditar o debate pela violência, pela censura. O verdadeiro extremismo não está em quem pensa diferente, mas em quem impede que o diferente possa existir.

A narrativa de que a direita é extremista se sustenta cada vez menos. O atentado contra Trump, o assassinato de Kirk e o fechamento do debate hoje partem majoritariamente da esquerda, que não apenas combate ideias, mas festeja a eliminação de quem as sustenta.

A recusa em conviver com o diferente é o sinal mais claro de intolerância, o risco mais grave para a democracia, e está presente na atuação do governo Lula contra as redes sociais, na atuação do STF contra o bolsonarismo e na esquerda comemorando a morte de Kirk

Sobre o autor

André Marsiglia é advogado constitucionalista, especialista em liberdade de expressão. Formado em Direito e Letras pela USP. Mestre e doutorando pela PUC-SP. É fundador do Instituto Speech and Press. Foi consultor jurídico da Repórteres Sem Fronteiras (RSF). É membro da Comissão de Mídias da OAB, da Comissão de Mídia e Entretenimento do IASP e membro julgador do Conselho de Ética do CONAR. Escreve sobre liberdade de expressão e judiciário, sempre às terças-feiras, no Portal GMC Online

As opiniões do colunista não necessariamente refletem a opinião do veículo.

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