No Parque do Ingá, influenciadora espalha elogios e convida desconhecidos a desfilar no ‘Tapete da Autoestima’
Com mais de 500 mil seguidores no Instagram e vídeos que somam milhões de visualizações, a influenciadora Stéfany Thaís, de 30 anos, natural de Londrina, no Paraná, tem conquistado o público com uma proposta simples: espalhar autoestima por onde passa. Criadora dos quadros “Elogiando Desconhecidos” e “Tapete da Autoestima”, Stéfany esteve recentemente em Maringá, onde estendeu um tapete vermelho em frente ao Parque do Ingá e convidou quem passava para desfilar, com direito a elogios, sorrisos e muita energia positiva.
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“Claro que no começo algumas pessoas ficaram tímidas, passaram ao lado, mas depois que o primeiro desfilou, todo mundo quis participar”, contou ela ao Portal GMC Online. O vídeo gravado na cidade ultrapassou 70 mil visualizações, mais de 4 mil curtidas e centenas de comentários.
Antes de se tornar influenciadora, Stéfany trabalhou por mais de um ano em uma rede de fast-food, onde começou a gravar vídeos curtos mostrando a rotina dentro da cozinha. “Eu ouvia muita gente dizendo: ‘ai, que dó de quem trabalha aí’. E eu não gostava disso. Ali a gente é digno, batalha, tem oportunidade de crescer”, lembra.
Os vídeos viralizaram e chamaram atenção até do setor de marketing da rede, onde ela acabou sendo contratada. “Eu fui a primeira colaboradora a mostrar a cozinha. Na pandemia, comecei a mostrar o lado positivo de trabalhar no fast-food. E foi ali que percebi que queria comunicar, inspirar, transformar”, contou.
O nascimento do ‘Tapete da Autoestima’
A ideia de levar elogios às ruas surgiu de forma espontânea. “Um amigo meu, que grava comigo, falou: ‘Stéfany, você elogia todo mundo, por que não faz isso na rua?’”, relembra. O primeiro vídeo foi postado em outubro de 2024 e atingiu 1 milhão de visualizações em poucas horas.
Depois veio o Tapete da Autoestima, inspirado em um criador estrangeiro, mas com um toque todo brasileiro. “Eu quis deixar o tapete estendido e elogiar as pessoas que passavam. Algumas diziam que não eram dignas de desfilar, outras amavam, faziam pose e aproveitavam o momento. É uma mistura de timidez e brilho.”
Stéfany já gravou vídeos em Londrina, Maringá, São Paulo, Rio de Janeiro e até Minas Gerais. Entre as histórias mais marcantes, lembra de uma fã com autismo que tinha hiperfoco em seus vídeos. “A mãe dela pediu pra eu surpreender a menina na escola. Levei flores e chocolate, e foi um dos momentos mais especiais da minha vida”, disse emocionada.
Mas nem sempre as abordagens são positivas. “Tem gente que não entende, passa reto, até faz piada. Já teve um senhor que perguntou quanto era a minha hora. Eu fiquei em choque. Mas eu sigo firme, porque sei o impacto que isso causa na vida das pessoas.”
