Capivaras, quatis, saguis… Conheça os animais que vivem no Parque do Ingá

O Parque do Ingá, um dos principais cartões-postais de Maringá, está em festa. Em outubro, o espaço completou 54 anos de abertura ao público — meio século de história, natureza e convivência entre espécies. Com mais de 40 hectares de área verde, o parque abriga uma biodiversidade impressionante, que encanta quem caminha por suas trilhas sombreadas.
Segundo a diretora de biodiversidade do parque, a bióloga Nádia Rodrigues, os visitantes podem observar de perto vários animais silvestres que vivem livremente na área. Entre os mais populares está o bando de capivaras, formado por oito indivíduos: uma família com sete capivaras e um macho que costuma circular sozinho. “Eles são bem tranquilos e já estão quase adultos”, conta Nádia.

Outro símbolo do Parque do Ingá é a gralha-picaça, ave de plumagem marcante que se tornou uma espécie de mascote local. Além dela, o parque é lar para saguis, lagartos teiús, gambás, ouriços-cacheiros, quatis, pavões (espécie exótica que permanece no local) e até cachorros-do-mato, que aparecem apenas à noite.
Os visitantes mais atentos também podem avistar um casal de tucanos-toco, aves exuberantes que circulam tanto pelo parque quanto nas proximidades da Prefeitura. “A gente já reconhece alguns indivíduos pelo comportamento e pelas marcas particulares”, explica a bióloga.
- Acompanhe o GMC Online no Instagram
- Clique aqui e receba as nossas notícias pelo WhatsApp
- Entre no canal do GMC Online no Instagram
Para manter o equilíbrio da fauna, a equipe técnica realiza monitoramento constante das espécies e, quando necessário, ações de manejo. “Hoje observamos mais de perto os quatis, que têm uma população maior. Se for preciso, podemos fazer a transferência de alguns indivíduos ou recorrer à esterilização”, esclarece Nádia.
A alimentação dos animais também é acompanhada de perto. Todos os dias, cerca de 200 a 300 quilos de frutas são oferecidos como suplementação alimentar, ajudando a manter os animais dentro da área segura do parque. “Eles têm alimento natural, mas essa ajuda evita que saiam em busca de comida fora do parque”, explica.

Nádia reforça ainda que os visitantes devem respeitar a vida silvestre: nada de alimentar ou tocar nos animais. “Existem doenças que podem ser transmitidas entre humanos e bichos, e isso pode ser fatal para eles. O ideal é observar, fotografar, registrar, mas sempre com distância e respeito.”
Outra recomendação importante é não levar pets ao parque. Segundo a diretora, o contato entre animais domésticos e silvestres pode causar contaminações cruzadas e até ataques por instinto territorial.
Com árvores centenárias, trilhas sombreadas e sons que misturam o canto das aves ao murmúrio do lago, o Parque do Ingá segue sendo um oásis no coração da cidade — um refúgio onde natureza e urbanidade coexistem em harmonia há mais de meio século.
