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08 de dezembro de 2025

Capivaras, quatis, saguis… Conheça os animais que vivem no Parque do Ingá


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Parque do Ingá completou 54 anos de abertura ao público abrigando uma biodiversidade impressionante. / Foto: Luciana Peña

O Parque do Ingá, um dos principais cartões-postais de Maringá, está em festa. Em outubro, o espaço completou 54 anos de abertura ao público — meio século de história, natureza e convivência entre espécies. Com mais de 40 hectares de área verde, o parque abriga uma biodiversidade impressionante, que encanta quem caminha por suas trilhas sombreadas.

Segundo a diretora de biodiversidade do parque, a bióloga Nádia Rodrigues, os visitantes podem observar de perto vários animais silvestres que vivem livremente na área. Entre os mais populares está o bando de capivaras, formado por oito indivíduos: uma família com sete capivaras e um macho que costuma circular sozinho. “Eles são bem tranquilos e já estão quase adultos”, conta Nádia.

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Oito capivaras vivem atualmente no Parque do Ingá. / Foto: Luciana Peña

Outro símbolo do Parque do Ingá é a gralha-picaça, ave de plumagem marcante que se tornou uma espécie de mascote local. Além dela, o parque é lar para saguis, lagartos teiús, gambás, ouriços-cacheiros, quatis, pavões (espécie exótica que permanece no local) e até cachorros-do-mato, que aparecem apenas à noite.

Os visitantes mais atentos também podem avistar um casal de tucanos-toco, aves exuberantes que circulam tanto pelo parque quanto nas proximidades da Prefeitura. “A gente já reconhece alguns indivíduos pelo comportamento e pelas marcas particulares”, explica a bióloga.

Para manter o equilíbrio da fauna, a equipe técnica realiza monitoramento constante das espécies e, quando necessário, ações de manejo. “Hoje observamos mais de perto os quatis, que têm uma população maior. Se for preciso, podemos fazer a transferência de alguns indivíduos ou recorrer à esterilização”, esclarece Nádia.

A alimentação dos animais também é acompanhada de perto. Todos os dias, cerca de 200 a 300 quilos de frutas são oferecidos como suplementação alimentar, ajudando a manter os animais dentro da área segura do parque. “Eles têm alimento natural, mas essa ajuda evita que saiam em busca de comida fora do parque”, explica.

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Cerca de 200 a 300 quilos de frutas são oferecidos como suplementação alimentar aos animais do Parque do Ingá. / Foto: Prefeitura de Maringá

Nádia reforça ainda que os visitantes devem respeitar a vida silvestre: nada de alimentar ou tocar nos animais. “Existem doenças que podem ser transmitidas entre humanos e bichos, e isso pode ser fatal para eles. O ideal é observar, fotografar, registrar, mas sempre com distância e respeito.”

Outra recomendação importante é não levar pets ao parque. Segundo a diretora, o contato entre animais domésticos e silvestres pode causar contaminações cruzadas e até ataques por instinto territorial.

Com árvores centenárias, trilhas sombreadas e sons que misturam o canto das aves ao murmúrio do lago, o Parque do Ingá segue sendo um oásis no coração da cidade — um refúgio onde natureza e urbanidade coexistem em harmonia há mais de meio século.

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