Polícia conclui que morte de motociclista em Maringá foi crime doloso; suspeito segue foragido e filha de 11 anos recebe alta da UTI
A Polícia Civil passou a tratar como crime doloso, quando há intenção de matar, a morte da motociclista Kelly Ferreira dos Reis, atingida por um carro na BR-376, em Maringá, no último fim de semana. A informação foi atualizada nesta sexta-feira, 5, pelo delegado Francisco Caricati, responsável pelas investigações, após novas testemunhas reforçarem que o motorista do Renault Kwid teria provocado o atropelamento de forma intencional.
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Segundo o delegado, relatos colhidos ao longo da semana apontam que a moto conduzida por Kelly, onde também estava a filha de 11 anos, era perseguida pelo carro momentos antes do impacto. Uma das testemunhas afirmou ter visto o momento da batida e relatou que o condutor do Kwid não fez qualquer movimento para frear, atingindo a motociclista com violência. O choque foi tão forte que o veículo capotou.
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“Não houve acidente de trânsito. Houve um crime intencional. Ele teve dolo direto de causar a morte. Com base nisso, estamos representando pela prisão preventiva dele”, afirmou Caricati. O suspeito permanece foragido.
Logo após a colisão, o motorista do Kwid , que trabalhava como motorista de aplicativo e estava com um carro alugado, rendeu o condutor de uma Saveiro que havia parado para prestar socorro, roubou o veículo e fugiu. A Saveiro foi encontrada no dia seguinte, em Mandaguaçu, pela Polícia Militar. O suspeito ainda não foi localizado, e a Polícia Civil pediu apoio da população e da imprensa para divulgar sua foto e informações que possam levar ao paradeiro dele.
Kelly, integrante do grupo feminino de motociclistas Lokas MC e funcionária da Águas de Sarandi, não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. A filha, de 11 anos, sofreu fratura no fêmur, trauma abdominal e outras lesões. Após quase uma semana internada, recebeu alta da UTI.
As investigações continuam para detalhar a motivação do crime, mas a polícia trabalha com a hipótese de que uma discussão de trânsito tenha antecedido a perseguição e o atropelamento.
