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10 de dezembro de 2025

6 livros que dialogam com os Direitos Humanos


Por Agência Estado Publicado 10/12/2025 às 21h30
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O dia 10 de dezembro marca a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948.

Foi a primeira vez que países de diferentes sistemas políticos se uniam para afirmar, por consenso, que todos os seres humanos têm direitos inalienáveis – independentemente de origem, raça, crença, gênero ou condição social.

A data convida a refletir sobre décadas de lutas sociais anteriores, da abolição da escravidão aos movimentos trabalhistas e à defesa da liberdade de expressão.

Em 1950, a Organização das Nações Unidas (ONU) convidou todos os países a comemorar a data oficialmente. Desde então, o Dia dos Direitos Humanos serve como um lembrete global de que a dignidade humana precisa ser protegida continuamente – não como uma conquista dada, mas como um compromisso renovado todos os anos.

O Estadão fez uma seleção de livros que conversam com o tema dos Direitos Humanos, cada um abordando as liberdades fundamentais por um ângulo diferente.

Confira:

‘Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola’, de Maya Angelou
Uma autobiografia que fala sobre racismo, violência, identidade e resiliência. Angelou transforma sua experiência pessoal em um manifesto pela dignidade humana.

Marguerite Ann Johnson, garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos.

Editora Astral Cultural (336 págs.; R$ 79,90)

‘Torto Arado’, de Itamar Vieira Junior
Um romance sobre desigualdade estrutural, trabalho análogo à escravidão e a luta silenciosa de comunidades rurais brasileiras.

Nas profundezas do sertão baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na mala guardada sob a cama da avó. Ocorre então um acidente. E para sempre suas vidas estarão ligadas – a ponto de uma precisar ser a voz da outra. Numa trama conduzida com maestria e com uma prosa melodiosa, o romance conta uma história de vida e morte, de combate e redenção.

Editora Todavia (246 págs.; R$ 84,90, R$ 51,90 o e-book e R$ 19,90 o audiolivro)

‘Os Miseráveis’, de Victor Hugo
Clássico absoluto sobre justiça, pobreza, punição, misericórdia e transformação social.

A obra-prima de Victor Hugo tece uma trama complexa centrada em Jean Valjean, cuja jornada de redenção após 19 anos de prisão pelo roubo de um pão é entrelaçada com vidas marcantes e poderosas. Personagens ricos e intensos retratam a realidade implacável da época e refletem desafios atuais. Não surpreende que esta história tenha sido adaptada inúmeras vezes para o cinema e a televisão.

Editora Nova Fronteira (1560 págs.; R$ 189,90)

‘Quarto de Despejo’, de Carolina Maria de Jesus
O diário cru e urgente de uma mulher negra na favela do Canindé nos anos 1950. É um documento fundamental sobre sobrevivência, pobreza e exclusão – e um lembrete poderoso de que direitos humanos precisam ser vividos, não apenas proclamados.

Em meio a um ambiente de extrema pobreza e desigualdade de classe, de gênero e de raça, o leitor se depara com o duro dia a dia de quem não tem amanhã, mas que ainda sim resiste diante da miséria, da violência e da fome. E percebe com tristeza que, mesmo tendo sido escrito na década de 1950, este livro jamais perdeu sua atualidade.

Editora Ática (264 págs.; R$ 101)

‘O Sol É Para Todos’, de Harper Lee
Livro emblemático sobre racismo, ética, infância e justiça. A narrativa da pequena Scout expõe o absurdo da discriminação com uma clareza brutal e ainda assim, ternura.

Ambientada no Sul dos Estados Unidos da década de 1930, região envenenada pela violência do preconceito racial, vemos um mundo de grande beleza e ferozes desigualdades através dos olhos de uma menina de inteligência viva e questionadora, enquanto seu pai, um advogado local, arrisca tudo para defender um homem negro injustamente acusado de cometer um terrível crime. Uma história sobre raça e classe, inocência e justiça, hipocrisia e heroísmo, tradição e transformação, O sol é para todos permanece tão importante hoje quanto foi em sua primeira edição, em 1960, durante os anos turbulentos da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.

Editora José Olympio (349 págs.; R$ 69,90, R$ 30,03 o e-book)

‘Viver Nas Ruas’, de Rebeca Kritsch
Em Viver nas ruas, a jornalista Rebeca Kritsch revisita a série de reportagens que realizou a partir de sua experiência como moradora de rua na cidade de São Paulo e pela qual recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo há 30 anos. Dormindo ao relento e enfrentando frio, medo e invisibilidade, ela transforma essa vivência em um relato direto e profundamente humano sobre desafios, solidariedade e resistência. Na edição em livro, Rebeca não apenas reúne a série completa como também apresenta uma apuração inédita sobre o que mudou em três décadas, resgatando personagens, entidades, dados, e histórias que marcaram a reportagem original.

Editora e-galáxia (150 págs.; R$ 56,90, R$ 39,90 o e-book)

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