Do celular furtado à fama na cidade: as aventuras de Tadeu Noel, o Papai Noel da Maringá Encantada
Maringá ganhou nos últimos anos um Papai Noel diferente: Danunci Passetti, conhecido como ‘Tadeu Noel’, de 65 anos, que há quase uma década encanta crianças e adultos com seu bom humor, simpatia e generosidade. Natural de Terra Rica, mas criado em Maringá, Tadeu se considera, com orgulho, maringaense. Com cinco irmãos, ele é o único paranaense da família e carrega um nome que chama atenção: Danunci, em homenagem à bisavó, que sempre precisou ser soletrado até em cartórios devido à sua originalidade.
- Acompanhe o GMC Online no Instagram
- Clique aqui e receba as nossas notícias pelo WhatsApp
- Entre no canal do GMC Online no Instagram
A história de Tadeu como Papai Noel começou quase por acaso. Nas fotos tiradas com a neta em um dia de verão, sua barba branca combinava com o personagem natalino. Brincando, vestiu uma almofada vermelha nas costas e percebeu que a brincadeira tinha potencial. “Nossa, virei Papai Noel”, lembra ele, entre risos em entrevista do Portal GMC Online. O interesse foi crescendo aos poucos: Tadeu começou a usar calças vermelhas confeccionadas por sua esposa, colocar detalhes na moto do filho e desfilar pela cidade, ganhando atenção e sorrisos de todos que o encontravam pelo caminho.
Mas nem tudo foi simples nessa trajetória. Entre os episódios inusitados, Tadeu lembra de um furto que marcou seu primeiro ano de Papai Noel: enquanto se preparava dentro da casinha, dois rapazes roubaram seu celular. “Corri atrás, mas estava só de calça e camiseta. Na hora foi desesperador, mas depois virou cômico”, recorda. Outro momento curioso aconteceu também na casinha do Papai Noel, quando uma disputa entre crianças e pais quase gerou confusão. “Tive que intervir para manter a calma. Em pleno clima de Natal, temos que servir de exemplo”, conta.
Hoje, Tadeu participa de eventos oficiais como a Maringá Encantada, ocasião em que recebe a chave da cidade e leva alegria ao Parque do Japão e a outros espaços públicos. Mesmo com a rotina intensa, ele mantém sua pequena confecção de bolsas e mochilas, conciliando trabalho, família e atividades beneficentes. Entre suas iniciativas solidárias, realiza visitas a escolas e instituições de idosos, além de promover entregas de Natal particulares, mantendo sempre um vínculo próximo com a comunidade.
Para Tadeu, ser Papai Noel vai além da fantasia. “Não é só vestir roupa vermelha e pintar a barba. Sou Papai Noel 365 dias por ano. Abraço crianças no mercado, tiro fotos, estou sempre presente. Recebo muito mais do que dou”, afirma.





