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19 de dezembro de 2025

Diniz e Dorival se reerguem após frustrações na seleção e disputam título da Copa do Brasil


Por Agência Estado Publicado 19/12/2025 às 13h00
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O título da Copa do Brasil não vai representar apenas a conquista de uma taça para lá de importante em uma temporada irregular de Corinthians e Vasco. O triunfo no Maracanã, neste domingo, também vai significar redenção para Dorival Júnior ou Fernando Diniz, treinadores que recentemente tiveram passagens frustrantes pela seleção brasileira.

Quando Dorival aceitou o convite da CBF para comandar o Brasil, em janeiro de 2024, ele era a bola da vez para assumir o cargo. Credenciado pelos títulos à frente de São Paulo (Copa do Brasil) e Flamengo (Copa do Brasil e Libertadores), o treinador tinha a missão de dar estabilidade à seleção, mas foi incapaz de extrair o melhor do time. Dois dos melhores jogadores do mundo, como Raphinha e Vini Jr, pouco renderam.

Dorival ficou 14 meses no cargo, período em que a seleção foi eliminada nas quartas de final da Copa América pelo Uruguai e correu risco de ficar fora do Mundial. A saída aconteceu em 28 de março deste ano, três dias depois de o Brasil sofrer dura goleada por 4 a 1 para a Argentina, em Buenos Aires, pelas Eliminatórias da Copa. Ele comandou a seleção em 16 jogos, com sete vitórias, sete empates e duas derrotas, um aproveitamento de 58%.

A CBF escolheu como substituto o italiano Carlo Ancelotti. Dorival, que já havia declarado ser contra estrangeiros no comando da seleção em 2022, voltou a defender os treinadores brasileiros depois de eliminar o Cruzeiro, do técnico português Leonardo Jardim, nas semifinais da Copa do Brasil.

“Nós estamos sendo desrespeitados em todos os aspectos e sentidos. E, mais uma vez, a gente finaliza o ano tendo Filipe Luís como campeão da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, além de, no mínimo, um treinador brasileiro nas finais de uma competição tão importante como a Copa do Brasil. Nos respeitem um pouco mais.”

Ao assumir o Corinthians, em abril, Dorival admitiu que ficou desapontado com sua passagem pela seleção. “Frustração? Ficou”, disse o treinador, oito meses atrás. “Me preparei para estar lá e vivenciar um momento como esse, mas tudo bem. Estou recuperado, em condições de estar aqui no Corinthians e desenvolver o meu melhor.”

Dorival tem 50% de aproveitamento à frente do Corinthians. São 42 jogos, com 17 vitórias, 12 empates e 13 derrotas. Apesar da eliminação na Sul-Americana e de apenas o 13º lugar no Brasileirão, o treinador de 63 anos tem chance de conquistar seu quarto título da Copa do Brasil e igualar Luiz Felipe Scolari como o técnico que mais venceu o torneio.

INTERINO DE LUXO
Antes de desafiar Dorival pelo título da Copa do Brasil, Fernando Diniz disputou outra decisão com o colega. Em 2016, eles estavam à beira do campo nas finais do Paulistão, vencidas pelo Santos de Dorival. Mas foi Diniz, ainda desconhecido do grande público, quem levou o prêmio de melhor treinador ao conduzir o Audax ao vice-campeonato.

Com uma filosofia de jogo bastante autoral, cuja essência está nas transições feitas integralmente com toques de bola e jogadores atuando próximos uns dos outros, Diniz é considerado por muitos um treinador de vanguarda. A primazia por um jogo esteticamente agradável e que valoriza atletas com boa qualidade técnica lhe rendeu a admiração dos boleiros, mas foram quase dez anos até a primeira chance em um clube grande, no Athletico-PR, em 2018. Ele ainda teve uma passagem frustrante pelo São Paulo até chegar ao Fluminense.

No tricolor carioca, Diniz não fez sucesso logo de cara, mas seu estilo marcante deixou-lhe portas abertas para um retorno em 2022, depois de insucessos por Santos e Vasco. No ano seguinte, fez o Fluminense jogar de maneira vistosa e foi convidado pela CBF para comandar a seleção brasileira interinamente – até a negociação com Ancelotti, que acabou não se concretizando naquele momento, ser sacramentada -, acumulando a função com o trabalho no clube carioca, com o qual foi campeão da Libertadores naquela temporada.

Diniz dirigiu a seleção em apenas seis partidas, todas pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo dos Estados Unidos, México e Canadá, que será disputada em 2026. Foram mais derrotas do que vitórias. Com ele, o Brasil perdeu para Uruguai, Colômbia e Argentina, venceu Bolívia e Peru e empatou com a Venezuela.

Amargando um dos piores desempenhos no comando da seleção brasileira, Diniz deixou o cargo em janeiro do ano passado, depois de apenas seis meses, com aproveitamento de 38%. “Queria que tivesse sido diferente, mas são águas passadas, temos que tocar a vida. Tenho muita clareza do que fiz pela seleção brasileira e no meu contato com os jogadores. A seleção está em boas mãos agora”, disse Diniz à época. Quem assumiu a função foi justamente Dorival Júnior.

A temporada de 2024 foi um ponto baixo na carreira de Diniz, que acabou demitido do Fluminense em junho após vencer apenas uma partida em 11 no Brasileirão. Ele ainda assumiu o Cruzeiro no fim do ano sob a promessa de tocar um projeto sólido, mas a derrota para o Racing na final da Sul-Americana e o início ruim em 2025 pesaram para sua saída.

Diniz foi anunciado pelo Vasco em maio, substituindo Fábio Carille. Com um elenco mais limitado em comparação aos demais, ele não conseguiu fazer a equipe carioca figurar na parte de cima da tabela do Brasileirão – muito pelo contrário, o clube encerrou a competição em 14º lugar -, mas montou um time competitivo o suficiente para desbancar os favoritismos de Botafogo e Fluminense no mata-mata da Copa do Brasil e alcançar a final.

A partida de volta da Copa do Brasil entre Vasco e Corinthians acontece no domingo, às 18h, no Maracanã. Depois do 0 a 0 no jogo de ida, o troféu será decidido na disputa de pênaltis em caso de igualdade na soma dos placares.

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