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26 de dezembro de 2025

Adeus aos gases: Pesquisa da Embrapa tem tudo para revolucionar o consumo de feijão no Brasil


Por Redação GMC Online Publicado 26/12/2025 às 15h13
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White beans soup with vegetables in white bowl on wooden table.
Imagem Ilustrativa / Freepik

Uma pesquisa inovadora da Embrapa Arroz e Feijão pode transformar a forma como os brasileiros consomem um dos alimentos mais tradicionais da dieta nacional. Cientistas da instituição estão utilizando a técnica de edição genética CRISPR para desenvolver um feijão mais fácil de digerir, com potencial para reduzir significativamente a formação de gases após o consumo.

O estudo busca solucionar um problema comum associado ao feijão: a presença de oligossacarídeos da família da rafinose, carboidratos que o organismo humano não consegue digerir completamente. Ao chegarem ao intestino grosso, esses compostos passam por fermentação bacteriana, causando gases e desconforto abdominal.

Como funciona a edição genética no feijão

A tecnologia CRISPR-Cas9, conhecida como uma “tesoura molecular”, permite editar genes de forma precisa, sem a introdução de material genético de outras espécies. No caso do feijão, os pesquisadores da Embrapa conseguiram desativar genes específicos responsáveis pela produção desses oligossacarídeos, mantendo intactas as características tradicionais do grão.

Segundo a Embrapa, a modificação não altera o sabor, a textura nem o valor nutricional do feijão, preservando proteínas, fibras, vitaminas e minerais que fazem do alimento um dos pilares da segurança alimentar no Brasil.

Avanço científico com impacto no consumo

A pesquisa já obteve resultados promissores nas primeiras gerações de plantas editadas. Os cientistas agora avançam para etapas de estabilização genética, testes em campo e avaliações agronômicas, que são essenciais antes de uma possível liberação comercial.

Caso todas as fases sejam concluídas com sucesso, a expectativa é que uma variedade de feijão geneticamente editado e com melhor digestibilidade possa chegar ao mercado nos próximos anos, ampliando a aceitação do alimento entre consumidores que evitam o grão por causa do desconforto digestivo.

Feijão mais digestivo e segurança alimentar

Além do benefício direto ao consumidor, a pesquisa reforça o papel da ciência brasileira no desenvolvimento de soluções sustentáveis para a alimentação. O feijão é uma das principais fontes de proteína vegetal do país, especialmente para famílias de baixa renda.

Com um produto mais confortável de consumir, a Embrapa aposta que a inovação pode estimular o consumo regular do feijão, fortalecendo hábitos alimentares mais saudáveis e acessíveis.

CRISPR e o futuro dos alimentos

A técnica CRISPR ganhou reconhecimento mundial ao render o Prêmio Nobel de Química em 2020, justamente por permitir edições genéticas precisas e seguras. No Brasil, a aplicação dessa tecnologia em culturas como o feijão demonstra como a ciência pode ser usada para resolver problemas cotidianos, sem abrir mão da tradição alimentar.

A pesquisa da Embrapa representa um passo importante rumo a alimentos mais funcionais, combinando inovação tecnológica, saúde e respeito à cultura alimentar brasileira.

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