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17 de julho de 2024

Número de presos que fizeram o Enem em 2022 é 16% maior


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 13/01/2022 às 19h20 Atualizado 20/10/2022 às 11h29
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Foto: Reprodução/Arquivo/Agência Brasil

No último domingo, 9, presos de todo o país fizeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

É o Exame Nacional do Ensino Médio para os privados de liberdade (Enem/PPL).

Na regional de Maringá e de Cruzeiro do Oeste, 261 presos se inscreveram e 207 realizaram as provas.

Os ausentes são aqueles que ganharam a liberdade entre o momento da inscrição e a prova.

O exame foi aplicado nas próprias unidades prisionais e teve duração de cinco horas.

O número de inscritos e de presos que fizeram as provas na regional de Maringá e Cruzeiro do Oeste do Departamento de Polícia Penal (Deppen) aumentou 24% e 16% respectivamente na comparação com 2021, diz o coordenador regional do Deppen, Luciano Brito. “Apenas em Maringá 177 presos realizaram as provas, nós tivemos um aumentos de 24,2% nas inscrições, sendo que o ano passado tivemos 210 e este ano tivemos 261 presos, ano passado tivemos na realização efetiva 16,9% de aumento […], um acréscimo muito grande”, afirma Brito.

“As ausências são decorrentes do período de inscrição até a execução do Enem, muitos presos saem em liberdade, mudam de regime, ou até mesmo transferências, então nós tivemos pouco desistência”, complementa.

Os presos em regime fechado têm a opção de estudar. Eles podem concluir o ensino fundamental e médio.

O Enem é uma etapa importante no processo de ressocialização. “Pra nós é importantíssimo a educação, porque a escolarização formal que é feita em parceria com Secretaria da Educação e a Secretaria de Segurança Pública, por meio do Ceebja, que temos nossos professores que são muito competentes, eles conseguem através do exame nacional do ensino médio também aferir esse processo de ensino para reaprendizagem, o comprometimento do preso com a escola ajuda o ensino de valores, e para nós é importante a base para nosso tratamento penal e isso vai proporcionar uma reinserção social do apenado trazendo um tratamento penal adequado e a ressocialização, […]”, concluí.

A maioria dos presos que prestam o Enem está em presídios de regime fechado, mas os presos em regime semiaberto também podem se inscrever para o exame.

Em todo o país, foram mais de 54 mil presos inscritos nesta edição do Enem.

Atualizado às 16h30: A cada 12 horas de estudo o preso tem a remissão de um dia de pena. Ao concluir o ensino fundamental ou o ensino médio, a remissão é de 100 dias na pena. Quem participa do Enem, e não zera em nenhuma prova, tem remissão de 100 dias de pena.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá

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