30 de abril de 2025

Desemprego no Brasil em 2024


Por João Pedro Publicado 14/12/2024 às 11h49 Atualizado 24/03/2025 às 15h57
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Foto: Freepik

Foi divulgada pelo IBGE a taxa de desemprego do terceiro trimestre de 2024, que apresentou uma queda de 0,5 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior. Mais de 103 milhões de pessoas estão trabalhando no Brasil, marcando um recorde para o período. Esse número é significativo para a economia, pois reflete a intensidade da atividade econômica no país, indicando um cenário de recuperação e geração de renda.

Outro dado relevante apresentado foi o aumento do rendimento médio do trabalhador brasileiro, que atingiu R$ 3.255, segundo o IBGE. Embora esse valor tenha se mantido estável em relação ao último trimestre, ao longo do ano já houve um crescimento de 3,9%. Essa alta é explicada, em grande parte, pela redução da oferta de trabalhadores disponíveis no mercado, o que leva as empresas a oferecerem melhores salários para atrair e reter profissionais.

As regiões Sul e Nordeste registraram as maiores quedas na taxa de desocupação. A região Sul teve uma redução de 6 pontos percentuais, enquanto a região Nordeste apresentou uma queda ainda mais expressiva, de 7 pontos percentuais, ambas em comparação ao trimestre anterior. As demais regiões também apresentaram reduções mais modestas, reforçando uma tendência nacional de queda no desemprego. Apesar disso, há diferenças marcantes entre as regiões: o Sul registrou a menor taxa de desocupação, com 4,1%, seguido pelo Centro-Oeste, com 4,9%; o Sudeste, com 6,2%; o Norte, com 6,6%; e o Nordeste, com 8,7%. Essas diferenças podem ser atribuídas a fatores como maior industrialização, qualificação profissional e melhor acesso a serviços essenciais, como saúde, educação e saneamento básico.

O estado do Paraná se destacou como uma das regiões com menor taxa de desemprego no país. No último trimestre, houve uma redução de 0,4 ponto percentual, atingindo 4%. Esse número se aproxima de sua melhor marca histórica, registrada no 4º trimestre de 2013, quando a taxa chegou a 3,8%. O crescimento econômico do estado, refletido no aumento do PIB, demonstra o dinamismo de sua economia e reforça expectativas otimistas para o próximo ano, com a possibilidade de alcançar níveis ainda menores de desemprego.

Entre os setores econômicos, os que mais cresceram em relação ao 2º trimestre foram a indústria, com um aumento de 2,9%, e a construção civil, que cresceu 2,4%, impulsionados, em parte, pelos incentivos governamentais para aquisição da casa própria. O setor de serviços também apresentou crescimento relevante, de 3,4%. Além disso, o número de empregos com carteira assinada aumentou 1,2%, enquanto os empregos sem carteira assinada registraram um avanço ainda mais expressivo, de 3,7% no trimestre.

Ao longo de 2024, o Brasil vem demonstrando uma trajetória consistente de redução da taxa de desocupação e aumento da renda do trabalhador. Esse cenário eleva as expectativas de fechar o ano com um PIB superior a 2%. No entanto, essa recuperação traz desafios. O aumento do número de trabalhadores empregados eleva a demanda por produtos e serviços, o que pode pressionar os preços e levar a uma inflação mais alta. Diante disso, será essencial que, no próximo ano, sejam implementadas políticas eficazes para controle da inflação e manutenção dos empregos gerados, garantindo um crescimento econômico sólido e sustentável para os próximos anos.

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