Em meio ao “tarifaço” de Trump, Brasil registra recorde de emprego formal e queda histórica no desemprego

Em um cenário econômico global desafiado pelas altas tarifas de importação implementadas pelo presidente americano, Donald Trump – que atingem em 50% produtos como café e madeira –, o mercado de trabalho brasileiro apresentou sinais robustos de recuperação no segundo trimestre de 2025.
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Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a taxa de desocupação nacional caiu para 5,8%, a menor da série histórica iniciada em 2012. Esse patamar recorde foi replicado em 18 estados da federação, sinalizando uma melhora generalizada.
Contudo, os mesmos dados revelam um desafio estrutural persistente: a alta taxa de informalidade. No período, 37,8% da população ocupada trabalhava na informalidade. As situações mais críticas foram registradas no Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%). Na outra ponta, Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%) apresentaram os melhores indicadores.
Emprego Formal em Crescimento
Emprego Formal em Crescimento
A força do mercado de trabalho é corroborada pelos números do emprego formal. De acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o acumulado de janeiro a julho de 2025 registrou um saldo líquido positivo de 1,348 milhão de postos de trabalho com carteira assinada (Tabela 1). No período, foram 16,186 milhões de admissões contra 14,838 milhões de desligamentos.
O setor de serviços se consolidou como o grande motor das contratações, respondendo por 51,1% do total de vagas formais criadas. A indústria geral (18,8%) e a construção civil (13,2%) completam o pódio dos setores que mais geraram empregos no ano.
Tabela 1 – Admissões, Desligamentos e Saldo por Grupamento de Atividades Econômicas, Brasil, acumulado até julho de 2025

Aderente com os resultados nacionais, o estado do Paraná apresentou uma performance positiva no mercado de trabalho formal no período acumulado de janeiro a julho, com a geração líquida de 63.257 postos. Em nível municipal, Maringá destacou-se com um saldo positivo de 3.918 vagas, performance está alinhada com a tendência estadual e nacional, conforme demonstrado na Figura 1.
Figura 1 – Admissões, Desligamentos e Saldo de Empregos, Paraná e Maringá-PR, acumulado até julho de 2025

Apesar do desempenho positivo para o emprego, a alta taxa de informalidade representa um entrave para a consolidação de um mercado de trabalho com proteção social ampla e direitos garantidos.
