Entenda como o aumento dos combustíveis impacta a população
No dia 01 de fevereiro, ocorreu um aumento do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado dos combustíveis e o gás de cozinha, com esse ajuste, o preço dos combustíveis teve um aumento de mais de 2%, assim a expectativas é que a inflação dos produtos para o mês de fevereiro fique acima do esperado.
Essa mudança foi definida em outubro de 2023, quando o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) definiu os novos valores do imposto a ser cobrado desses produtos. Essa alteração está de acordo com a lei complementar que permite haver ou não correção nos valores a serem cobrados anualmente, e definiu o modelo de cobrança pela forma que é vendido o produto, por litro, e quilograma no caso do GLP.
2024 é o primeiro ano que estamos vendo o efeito dessa mudança na forma que é cobrado os impostos, e até o momento não tivemos benefícios para o consumidor final, visto que agora com o aumento do ICMS, o imposto corresponde em média 23% do valor dos combustíveis, enquanto a alíquota de ICMS não chega nem a 22% para os demais produtos.
Como o aumento anunciado em outubro e passando a valer em fevereiro, a gasolina de R$ 1,22 o litro vai para R$ 1,37, Diesel de R$ 0,94 vai para 1,06 o litro e o GLP (incluindo gás natural) de R$ 1,26 vai para 1,41 o quilograma. Com essa mudança espera-se que um aumento geral ocorra, pois, os combustíveis são produtos considerados hiper inflacionário, ou seja, um aumento em seu valor pode ocasionar um aumento em todos os produtos.
Podemos mencionar que produtos hortifrutigranjeiros serão um dos mais afetados, pois, a validade desses produtos são baixa e tem a necessidade de reposição em poucos dias. Alguns especialistas da área dão ênfase que um aumento nos combustíveis de 1% pode ocasionar até 0,5% de aumento na inflação do mês, o que nos mostra mais um impacto negativo na economia.
Até o momento a Petrobras não publicou nenhuma informação sobre uma possível redução dos preços dos combustíveis para então amortecer o aumento do imposto, e a companhia não tem muita margem para essa manobra no cenário atual, visto que no mês de janeiro o preço do barril de petróleo subiu 14 %. A ABICOM (Associação Brasileira dos importadores de petróleo) divulga todos os dias a comparação dos preços negociados no mercado interno e externo, e a última vez que os valores dos combustíveis internamente foram maior que o mercado externo foi no dia 09/01/2024, até o momento os preços negociados pela Petrobrás estão 7% e 15% da gasolina e do óleo Diesel, abaixo do preço internacional, como mostra o gráfico.
