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21 de novembro de 2024

O que você precisa saber sobre as eleições americanas


Por Mayllon Galban Publicado 10/10/2024 às 15h58
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Foto: Reprodução/Pixabay

Os Estados Unidos desempenham um papel central no cenário global, sendo uma das nações mais influentes em questões políticas, econômicas e culturais. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o país se consolidou como líder mundial, moldando acordos internacionais e impulsionando a economia global. Suas decisões políticas afetam nações em todos os continentes e a sua cultura (cinema, música, consumo etc.) influenciam o comportamento e o modo de vida de milhões de pessoas.

Por isso, as eleições e as políticas adotadas pelos Estados Unidos são sempre acompanhadas com atenção, pois têm o potencial de impactar profundamente não apenas seu próprio futuro, mas o futuro de várias nações.

Sistema Eleitoral dos Estados Unidos

As eleições nos Estados Unidos são fundamentais para a democracia global, devido ao papel de liderança do país em questões políticas e econômicas. O sistema eleitoral norte-americano tem suas raízes no século XVIII e, desde então, passou por diversas mudanças para ampliar a participação popular, com o fim da exclusão racial e de gênero no direito ao voto.

Uma das características mais marcantes do sistema eleitoral dos Estados Unidos é o colégio eleitoral, que difere do voto popular direto utilizado em muitas outras democracias, como o Brasil. Em vez de eleger diretamente o presidente e o vice, os eleitores votam em delegados do colégio eleitoral, que são os responsáveis por essa escolha. Cada estado tem um número de delegados proporcional à sua população, e para vencer, o candidato precisa garantir ao menos 270 dos 538 votos do colégio.

Isso pode gerar situações em que um candidato ganhe a eleição sem ter vencido no voto popular, como aconteceu nas eleições de 2000 com George W. Bush e em 2016 com Donald Trump. Esses casos reacendem discussões sobre a verdadeira vontade da população.

Nos Estados Unidos, dois partidos dominam a cena política: O partido Democrata e o partido Republicano. Esse sistema bipartidário define as disputas eleitorais e tende a deixar pouco espaço para outras forças políticas. A polarização entre esses dois partidos tem aumentado nas últimas décadas, com eleitores muitas vezes divididos por temas como economia, imigração e saúde.

A predominância desses dois partidos concentra as campanhas nos chamados “swings states”, onde a disputa é mais equilibrada. Isso cria um cenário de eleições altamente competitivas, mas também intensifica as divisões políticas dentro do país.

Eleições e cenário atual

Nos últimos anos, o ambiente político nos Estados Unidos tornou-se cada vez mais polarizado, com profundas divisões entre conservadores e progressistas. Esse cenário molda profundamente as campanhas eleitorais, onde os debates se tornam mais intensos e os candidatos, como Donald Trump e Kamala Harris, adotam posturas firmes para atrair suas bases. Trump, como ex-presidente e figura central do Partido Republicano, representa o conservadorismo, defendendo políticas de imigração rígidas, cortes de impostos e menos regulamentação. Já Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos e principal figura do Partido Democrata, é símbolo de uma agenda progressista, focada em justiça social, mudanças climáticas e ampliação do acesso à saúde.

As questões prioritárias para os eleitores incluem economia, saúde, imigração, mudança climática e justiça racial, temas que são essenciais para moldar os discursos dos candidatos. Em estados decisivos, como Flórida, Pensilvânia e Arizona, essas pautas são cruciais, já que pequenas variações de voto podem determinar o resultado.

Além disso, o perfil dos eleitores está mudando. A participação de jovens, minorias étnicas e mulheres têm crescido e está influenciando fortemente as eleições. Trump e Harris, precisam ajustar suas mensagens para alcançar esses grupos, que têm o poder de redefinir o panorama eleitoral.
Impactos e perspectivas futuras

As propostas econômicas de Donald Trump e Kamala Harris refletem visões contrastantes que podem moldar acordos comerciais, a regulação dos mercados financeiros e o comércio internacional. Trump, por exemplo, tende a adotar uma abordagem mais protecionista, focando em tarifas elevadas e renegociações de acordos comerciais, o que pode gerar tensões com parceiros comerciais e impactar negativamente a dinâmica do comércio internacional. Em contrapartida, Harris defende uma política mais voltada para a colaboração e o fortalecimento de acordos multilaterais, o que poderia promover um ambiente mais estável e previsível para os negócios.

Além das questões econômicas, os resultados das eleições também influenciam a posição dos Estados Unidos em questões globais, como mudanças climáticas e segurança internacional. Harris, por exemplo, enfatiza a importância da luta contra as mudanças climáticas e busca um papel ativo dos Estados Unidos em tratados internacionais. Já Trump, com uma abordagem cética em relação ao aquecimento global, pode se afastar desses compromissos, o que poderia desestabilizar as iniciativas internacionais de combate às mudanças climáticas.

Já em âmbito internacional, as relações entre outras nações e os Estados Unidos, também estariam em jogo. Trump, poderá priorizar uma postura mais agressiva em relação ao comércio internacional, levando a um aumento das tensões comerciais e um impacto negativo na cooperação econômica.

Por outro lado, Harris poderá buscar um relacionamento mais equilibrado, focado na colaboração em questões como comércio e meio ambiente.

As eleições nos Estados Unidos não são apenas um marco no calendário político, mas um evento que ressoa em todos os cantos do mundo. As escolhas feitas pelos americanos moldarão não apenas o futuro de sua nação, mas também o panorama econômico, militar e cultural global. Assim, as decisões tomadas nas urnas não serão meros resultados eleitorais, mas uma reflexão profunda sobre o que os americanos desejam construir para as gerações futuras.

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