11 de junho de 2025

Qual região do Paraná tem o custo de vida mais alto?


Por João Pedro Almeida Publicado 21/08/2023 às 16h44
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Qual região do Paraná tem o custo de vida mais alto?
Foto: Montagem/GMC Online

Todos os meses, o IBGE atualiza as informações sobre as variações de preços praticados em todo o território nacional. Esse índice é chamado de IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), e tem mostrado uma desaceleração nos últimos 12 meses, caindo de 3,40% para 3,16%.

Porém, apenas esses dados sobre inflação não nos permitem comparar onde se paga mais para viver no Brasil ou no estado do Paraná. Por isso, vamos analisar outros indicadores importantes que oferecem uma visão mais completa do custo real das principais regiões do estado.

Transporte

Quando abordamos o custo de vida, é necessário considerar o custo de transporte na vida das pessoas. Afinal, precisamos nos locomover de nossas casas até o trabalho. Ao analisarmos o preço das passagens de ônibus, percebemos que atualmente a região de Ponta Grossa possui uma das tarifas mais baixas entre as macrorregiões do estado, custando apenas R$ 4,00 por passagem. Em seguida, vêm Cascavel e Foz do Iguaçu, com passagens custando R$ 4,50.

No que diz respeito ao preço da gasolina no Paraná, Ponta Grossa se destaca, com o combustível sendo vendido a R$ 4,17 por litro nas bombas, conforme os dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível). Vale lembrar que esse valor representa o preço de revenda do combustível pelas distribuidoras aos postos de gasolina. Quanto ao etanol, a região de Maringá e Foz do Iguaçu possuem o menor preço de distribuição, a R$ 2,97 por litro.

Podemos observar, portanto, que as regiões metropolitanas do estado apresentam um custo de transporte mais baixo em comparação com a capital do estado, com a exceção da região de Ponta Grossa, que oferece a tarifa de transporte público mais acessível.

Alimentação

Outro fator significativo no custo de vida é a alimentação. Muitas vezes, precisamos diversificar e buscar produtos semelhantes nos supermercados para garantir que o dinheiro dure até o final do mês. O IPARDES (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) divulga mensalmente as variações nos preços de alimentos e bebidas em cada macrorregião. O índice IPR (Índice de Preços Regional do Paraná) indica uma retração nos preços de alimentos no estado em julho, em comparação com o mês anterior.

A região que mais reduziu os preços dos itens analisados foi Londrina, com uma variação negativa de -1,71%, seguida por Ponta Grossa e Foz do Iguaçu, com -1,55% em ambos os casos.

Dentre os alimentos que mais apresentaram redução nos preços de um mês para o outro estão Banana-caturra (kg), Pernil suíno (kg), Tomate (kg) e Feijão carioca (kg). Já entre os alimentos com maior redução nos últimos 12 meses, temos Óleo de soja (900 ml), Peito de frango (kg), Molho e extrato de tomate (340 g).

Quando observamos as diferentes regiões, fica claro que mais uma vez a região de Ponta Grossa se destaca por apresentar os menores custos de alimentação para sua população.

Moradia

Quando falamos em moradia, não dispomos de muitas informações concretas sobre os valores reais que as pessoas pagam. No entanto, segundo o IBGE, os brasileiros gastam mais de 40% de sua renda em habitação e moradia no Paraná. Segundo a FipeZap+, o preço médio do aluguel por metro quadrado é de R$ 40,03, com base nos preços anunciados de imóveis nas capitais brasileiras. Curitiba tem um preço por metro quadrado abaixo da média nacional, sendo R$ 33,14.

Analisando esses dados, fica evidente que as regiões do interior possuem custos mais baixos para moradia. Além disso, podemos perceber que as regiões de Ponta Grossa e Cascavel se destacam em vários aspectos. Uma das razões que podem explicar o menor custo de vida nessas regiões é a menor densidade populacional, visto que as regiões metropolitanas do estado e algumas outras, como Londrina e Maringá, possuem maior demanda por bens e serviços, o que pode elevar os preços de produtos como moradia.

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