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09 de maio de 2024

Reforma Tributária terá real benefício para o consumidor; saiba mais


Por João Pedro Publicado 24/02/2024 às 16h14
 Tempo de leitura estimado: 00:00
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Foto: Reprodução/Agência Brasil

No dia 15/12/2023 foi aprovado o Projeto Emenda constitucional (PEC) 45/2019 na Câmera dos Deputados o texto base para o modelo da reforma tributária, de forma simples, a reforma tributária tem como proposta simplificar a maneira que os impostos são recolhidos, essa mudança trará mais transparência no valor de imposto de cada produto. Mas a pergunta que fica é, vamos pagar mais imposto? O consumidor terá algum benefício? Os produtos que ficarão mais caros?

Modelo atual

Para começar responder essa pergunta precisamos entender como funciona o recolhimento de imposto no sistema atual, podemos dividir em 2 grupos, impostos Federais (IPI, PIS e COFINS) e Impostos estaduais e municipais (ICMS e ISS), e percentual de imposto, fica em cima do valor da mercadoria, se o produto custa R$ 100, e o imposto é de 10%, então será pago R$ 10 de imposto, dentro de cada grupo existem regras para cada produto, dessa forma muitos produtos acabam sendo tributados mais de uma vez, exemplo uma bicicleta, quando a fábrica compra pneu ela paga imposto, e quando ele vende a bicicleta e pago novamente, e isso reflete no preço final.

Novo modelo

A proposta aprovada no congresso de unificar os impostos federais no CBS (Contribuição sobre bens e serviços), e unificar também os impostos estaduais e municipais IVA (Imposto sobre valor Adicionado), e ter percentual único para todos os produtos. A forma de ser cobrado o imposto mudará também, agora será calculado o imposto somente do valor adicionado no processo, exemplo, loja compra um produto por R$ 10 e vende por R$ 20, a loja só irá calcular imposto sobre a diferença, com isso evita o imposto em cascata que temos hoje.

A mudança não tem como objetivo o aumento da carga tributária, e sim, sua simplificação e transparência, mas no texto aprovado, também define regimes especiais de alíquota para produtos que fazem mal a saúde e ao meio ambiente, como também existem produtos, como da cesta básica que será zerado ou terá percentual menor que os demais produtos. Esse é o principal benéfico para o consumidor, pois grande parte das famílias gastam mais de 1/3 da sua renda em alimentação, que é um dos grupos de produtos que terá regime especial de tributação, assim como educação e saúde.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), muitos produtos que são consumidos por grande parte das famílias pagam mais imposto comparado com o percentual estimado dos impostos unificados, e muitos deles no novo modelo terão regime especial de tributação, que abre espaço para uma possível redução nos preços

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Na imagem acima podemos ver itens essenciais que hoje tem recolhimento de imposto, já no novo modelo, teremos o zeramento dos impostos para itens da cesta básica, essa cesta ainda não foi definida, mas com essa medida já abre margem para uma possível redução do preço desses produtos.

Também é importante alertar que nem tudo será um mar de rosa, existe alguns setores da economia que serão impactados negativamente com a reforma, um bom exemplo é o setor de serviços, pois o imposto sobre esse produto é inferior a taxa padrão que o governo estima para a reforma.

Ainda tem muitas conversas sobre como minimizar os efeitos negativos para esse setor, mas e certo de que sofrerão mais que outros setores onde o imposto será diluído no processo de produção. As pessoas têm perfil de consumo diferentes, e por isso o objetivo da mudança é aliviar a carga tributária dos mais pobres e aumentar seu poder de compra e estimular o consumo proporcionando maior qualidade de vida.

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