12 de junho de 2025

Taxa de desemprego no Brasil e no PR cai no 1º trimestre de 2023; Maringá se destaca na geração de empregos


Por Mateus Ramalho Ribeiro da Fonseca Publicado 14/04/2023 às 13h32
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A taxa foi de 8,6%, o que representa uma queda de 2,6 pontos percentuais. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de desemprego no Brasil teve uma queda significativa no primeiro trimestre de 2023 (meses de dezembro, janeiro e fevereiro). A taxa foi de 8,6%, o que representa uma queda de 2,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já o número de pessoas ocupadas no país cresceu, em relação ao mesmo período do ano anterior, a uma taxa de 3,0%, representando um adicional de quase 3 milhões de pessoas ocupadas, o que demonstra uma consolidação no nível de ocupação da força de trabalho pós-pandemia. Entretanto, entre dezembro e fevereiro, houve uma ligeira redução de 1,6% da taxa de ocupação quando comparado ao trimestre anterior. Esse movimento de início de ano é reflexo sazonal da não efetivação das contrações temporárias de final de ano.

Quando se analisa o setor privado com carteira de trabalho assinada (excluindo os trabalhadores domésticos), houve estabilidade em relação ao trimestre anterior (de setembro a novembro de 2022), com um contingente de cerca de 36,8 milhões de pessoas. Já na categoria dos empregados no setor privado sem carteira assinada, houve um aumento de 5,5%, representando um adicional de 678 mil pessoas, quando se compara em relação ao ano anterior.

E quando se considera as pessoas desocupadas e subocupadas (aquelas que não procuram mais emprego e aquelas que não utilizam 100% de sua capacidade produtiva em termos de horas trabalhadas), houve estabilidade em relação ao trimestre anterior (de setembro a novembro de 2022), e uma pequena queda em relação ao mesmo período do ano anterior.

Esses dados demonstram que o nível de desemprego da economia brasileira está em queda consistente, acompanhada de uma estabilidade do número de empregos formais e um ligeiro aumento da informalidade e do subemprego, evidenciando que o brasileiro quer trabalhar e está na busca pelo emprego.

E no Paraná? A situação ficou melhor ou pior que a média nacional?

No Paraná o desemprego caiu entre homens e mulheres de todas as faixas etárias e níveis de instrução, segundo a mesma pesquisa. Desde o auge da pandemia, o Estado passou por nove trimestres (desde 2020) seguidos de queda no nível de desemprego, com melhoria em quase todos os segmentos analisados e níveis melhores do que a média do país conforme mostra o gráfico a seguir:

Figura 1 – Taxa de desemprego no Paraná (em %) desde o auge da pandemia

Fonte: Elaboração própria. Dados do IBGE (2023)

Atualmente, a taxa de desemprego no Paraná é de 5,1%, em comparação com a média nacional de 8,6%. A diferença é ainda maior entre as mulheres, com uma taxa de desemprego de 6,1%, 3,7 pontos percentuais abaixo da média nacional de 9,8%. O Estado também leva vantagem em relação aos homens, com uma taxa de desocupação de 4,4%, contra 6,5% da média brasileira.

O sucesso do modelo paranaense de incentivar aqueles que estão ingressando no mercado de trabalho e fomentar a formação em áreas em que há maior demanda no setor produtivo é apontado como um dos fatores para a melhoria dos indicadores de desemprego no Estado. Os jovens de 18 a 24 anos residentes no Estado apresentaram a taxa de desemprego mais baixa dos últimos oito anos, com um índice de 9,8%, bem abaixo dos 16,4% da média do país.

O Paraná também se destaca como um dos três Estados com maior percentual de empregados com carteira assinada no setor privado, com uma taxa de 80,9%, contra a média nacional de 73,6%. O Estado também está entre os quatro com menor taxa de informalidade de trabalhadores, com 31%, ante 38,8% do Brasil.

Um dos fatores que contribui com a economia paranaense é o aumento da renda média dos trabalhadores. De acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), no último trimestre de 2022, o rendimento médio do trabalho superou em quase 8% a remuneração média do final de 2021, já descontando a inflação, chegando ao valor de R$ 3380,00, aproximadamente.

Desde meados de 2020, o Paraná tem apresentado uma recuperação econômica, com queda constante no desemprego, que beneficia os paranaenses independentemente de gênero, idade ou nível de instrução. Com indicadores superiores à média nacional, o Estado tem se destacado como um modelo de sucesso na geração de empregos e melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores.

E em Maringá?

Por sua vez, Maringá apresentou resultados positivos no mercado de trabalho formal em fevereiro deste ano. De acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a cidade gerou 1.099 vagas de emprego com carteira assinada durante o mês de fevereiro (dados consolidados).

O saldo positivo foi resultado da diferença entre as admissões, que totalizaram 8.596 trabalhadores, e os desligamentos, que somaram 7.497 pessoas. Todos os setores analisados apresentaram desempenho positivo. O destaque fica com o setor de Serviços, que gerou sozinho 534 novas vagas de emprego.

A Construção foi o segundo setor que mais gerou novas vagas, com um total de 250 postos de trabalho. Em seguida, aparecem o Comércio, com 158 novas vagas, a Indústria, com 123, e a Agropecuária, com 34.
Os dados divulgados pelo Novo CAGED mostram que Maringá segue a tendência nacional de aumento no número de empregos formais, em um momento de recuperação da economia brasileira. O desempenho positivo do mercado de trabalho formal na cidade é um bom sinal para os trabalhadores locais e para a economia da região.

Vale ressaltar que, mesmo com a geração de novas vagas de emprego, a taxa de desemprego ainda é uma realidade no país. Por isso, é importante que o governo continue adotando medidas que incentivem a criação de novos postos de trabalho e a retomada do crescimento econômico.

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