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09 de maio de 2024

UNEA-6: Os desafios da emergência climática e sustentabilidade em debate na ONU


Por Rafael Iseri Publicado 05/03/2024 às 16h07
 Tempo de leitura estimado: 00:00
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Foto: Divulgação/Instituto Brasília Ambiental

Recentemente, ao lembrar de conversas casuais, percebi que a reclamação do calor que a cidade faz é um tópico bastante comum. Aparentemente, esse tipo de assunto é cada vez mais recorrente, um dia, por exemplo, comentei que o aparelho de ar-condicionado está se tornando um item essencial de consumo. Claro que anos que ocorrem o fenômeno El Nino essa reclamação é mais frequente que em outros anos.

Isso porquê o fenômeno costuma apresentar temperaturas acima da média e maiores volumes de chuvas. Destaca-se, em uma série de 2006 a 2023, nos anos que ocorreram o fenômeno, os anos mais recentes, 2019 e 2023, apresentam as maiores temperaturas máximas .

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Quadro 1 Temperaturas máximas mensais registradas por mês em anos de El Nino(período de 2006 a 2023). Fonte: inmet

Assim, observando os últimos períodos, a hipótese de que o comportamento crescente de maiores temperaturas máximas possam fazer parte dos efeitos das mudanças climáticas podem ser levantados.

Das características das mudanças climáticas, o que se aponta são, em média maiores temperaturas, variações maiores de temperaturas e eventos cada vez mais extremos, como chuvas fortes, vendavais, secas cada vez mais prolongadas e, os fenômenos El Nino ou La Nina são ainda mais intensificados.

É evidente que as mudanças climáticas interferem na atividade econômica. De maneira enfática, Maringá, que é influenciado pela agropecuária e indústria de bens de consumo não duráveis, por exemplo, alimentos, bebidas, vestuário, os impactos podem ser bastante expressivos.

Assim, no tópico de mudanças climáticas, nesta semana, a ONU promove a sexta sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, UNEA-6, sob o tema, “Ações multilaterais eficazes, inclusivas e sustentáveis para enfrentar as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a poluição”.

Em síntese, de acordo com Ochalik, diretora do Escritório de Assuntos de Governança do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a assembleia, de caráter bianual, apresenta como principal finalidade, “fornecer orientações políticas abrangentes e definir respostas políticas para enfrentar os desafios ambientais emergentes” a partir de uma agenda multilateral entre os 193 estados membros da ONU, setor privado e organizações não governamentais.

Conectado com o tema da emergência climática, o fórum apresenta como ponto principal a implementação do Marco Global de Biodiversidade, aprovado na COP-15, segurança hídrica e, da

discussão do uso sustentável de minerais e poluição por nutrientes. Além da integração dos aspectos de políticas públicas, em todas as esferas, que permeiam a emergência climática e sustentabilidade. A assembleia, é mais relevante nos dias atuais, sobretudo após as suscetivas crises mundiais nas últimas décadas, na qual, a pobreza e desigualdade se mostram cada vez mais impulsionada, agravando ainda mais o não cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável.

Assim, destaca-se os seguintes temas abordados nas sessões:

  • Interação entre ciência e política como fator fundamental no enfrentamento dos desafios discutidos, explorando formas como o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e os Acordos Ambientais Multilaterais podem reforçar esses vínculos;
  • Diálogos multissetoriais, fortalecendo parcerias entre governos, empresas e sociedade civil para enfrentamento dos desafios ambientais;
  • A utilização da ciência, dos dados e digitalização estão acelerando a transição para um futuro sustentável? A avaliação da eficácia do multilateralismo ambiental para lidar com as crises planetárias. Na qual, pode ser destacado necessidade de uma colaboração mais profunda entre os países;
  • Da importância do setor financeiro na luta contra as mudanças climáticas, perda de natureza e poluição.
  • Finalmente, discussões, e debates no fórum são fundamentais e aproveitadas na articulação dos países para a COP-29, previsto para ocorrer no mês de novembro de 2024.

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