Demagogo: Quem ele é e como age

Você já parou para pensar que a demagogia não se restringe apenas aos palanques políticos? O demagogo pode estar em qualquer lugar: no trabalho, em círculos sociais e, por vezes, até mesmo em nossa própria reflexão. Reconhecer suas táticas é fundamental para não ser manipulado.

O que move o demagogo?

O demagogo opera com base em paixões e emoções populares. Ele é um mestre na arte de manipular sentimentos para obter vantagens. Em vez de se basear em fatos e argumentos lógicos, ele constrói narrativas absurdas e distorce a realidade para justificar suas ideias. Nesse ponto, lembra um sofista grego, da antiguidade, porém, este é mais culto e tem conhecimento.

Sua principal ferramenta é o sensacionalismo. Ele não busca esclarecer ou informar; sua única intenção é convencer. Para isso, ele cria lógicas distorcidas que o levam exatamente aonde ele quer chegar, explorando as fraquezas e os medos do público.

As táticas do demagogo populista

Quando assume uma postura populista, o demagogo se apresenta como o defensor do “povo comum”, das minorias e daqueles que se sentem marginalizados. Ele culpa as “elites” – um grupo que nunca é claramente definido – por todas as desgraças.

Ele transforma causas coletivas em questões pessoais, gerando um raciocínio confuso e nebuloso sobre temas que precisam de clareza. Para o demagogo, a estatística é um risco, pois os dados podem desmentir suas afirmações. Por isso, ele foge dela.

O perigo das promessas inatingíveis

Outra marca registrada do demagogo são as promessas vazias e impossíveis de cumprir. Ele promete que você pode vencer, que terá sucesso e que alcançará tudo o que deseja. No entanto, por trás desse discurso motivador, ele cria uma ilusão de progresso que, na realidade, leva a lugar nenhum.

Esse discurso não é ético, mas sim um fenômeno estético que seduz e encanta. Infelizmente, muitas pessoas são atraídas por essa retórica e acabam pagando um preço alto pelas consequências das promessas não cumpridas.