Conheça as Pancs: plantas alimentícias não convencionais que auxiliam na saúde e bem-estar

Olha que interessante. Segundo pesquisas, são conhecidas 390 mil espécies de plantas comestíveis no mundo. Apenas mil delas o homem já utilizou como alimento. São cultivadas mundialmente trezentas espécies com a finalidade de servirem como alimento ou medicação. E 90% da base da alimentação mundial utiliza somente quinze espécies comestíveis, são elas: arroz; amendoim; banana; batata; batata-doce; beterraba; cevada; coco; cana-de-açúcar; feijão; mandioca; milho; sorgo; soja; trigo. (FAO, 2018)
É nesse universo enorme e diverso que encontramos as plantas alimentícias não convencionais conhecidas por Pancs. Muitas vezes classificadas como ervas daninhas, são encontradas por aí, crescem livres na natureza em qualquer terrinha e quintal, e os tipos variam nas diferentes regiões do nosso país. Nos deparamos com algumas mais comuns à venda em feiras livres, como ora-pro-nóbis, taioba, serralha, beldroega, peixinho da horta. Elas colaboram com uma dieta nutritiva, mais variada e acessível, e podem ser refogadas, empanadas e transformadas em boas saladas; as formas de consumi-las variam de acordo com a criatividade e preferência individual.
As PANCs são boas fontes de fibras, proteínas, vitaminas, minerais e antioxidantes. Por exemplo, a beldroega é rica em ômega-3, vitaminas do complexo B e C, zinco e magnésio; a taioba é fonte de betacaroteno, luteína, potássio, fibras, magnésio, ferro e cálcio (por ser rica em oxalato de cálcio, seu consumo deve ser evitado por pessoas com problemas renais); e o ora-pro-nóbis é rico em proteínas, fibras solúveis, magnésio, zinco, ferro, cálcio, manganês e fósforo. E temos outras tantas não tão conhecidas, como trevo-roxo, moringa, vinagreira, yacon, trapoeraba, baru, chuva-de-ouro, picão-branco, flor de abóbora (curcibita), guariroba, etc.
O nosso queridinho, o pinhão, é considerado uma PANC. Ele é rico em carboidrato, mas possui IG (índice glicêmico) baixo, o que é excelente. É fonte de vitaminas do complexo B, magnésio, ferro e cobre. É um bom prebiótico (sim, existem alimentos probióticos e prebióticos, assunto para algum outro artigo, quem sabe) e ajuda a modular a microbiota intestinal. Já fez carne de panela com pinhão? Não? Faça, é muito bom.
Que tal uma galinhada com taioba? Numa versão saudável?
Ingredientes
- Arroz-cateto: 1 xícara de chá;
- Peito de frango: 600g, em cubos;
- Cebola: ½ unidade grande, picada.
- Alho: 3 unidades, cortado na metade;
- Pimenta fresca: dedo de moça ou de cheiro a gosto (opcional);
- Açafrão em pó: 1 colher de sobremesa;
- Salsa e cebolinha picada a gosto;
- Sal a gosto;
- Azeite extravirgem: 1 colher de sopa.
Modo de preparo
1- Tempere os cubos de frango com sal e pimenta e refogue em uma panela com uma parte de azeite. Quando dourar, cubra com água e deixe cozinhar em fogo baixo até ficarem macios. Retire, desfie em pedaços grandes e reserve junto com o caldo. 2- Na mesma panela, refogue o alho e a cebola. Junte o arroz, o sal, o açafrão e refogue bem. Junte o frango, o caldo reservado, a pimenta se necessário, complete com água até que fique dois dedos acima do arroz. Em fogo baixo, deixe cozinhar o arroz até ficar macio. 3- Rasgue ou corte a taioba em tiras médias e refogue em uma frigideira com sal e azeite. Se quiser, pode refogar os talos também picados bem finos. Acrescente a galinhada, misture bem, finalize com o cheiro verde e sirva.
Comida saudável também é comida boa cheia de possibilidades; aproveitem. Agende um horário que te ajudo a montar um cardápio adequado e saboroso específico para as suas necessidades.
Miriam Ferro – Nutricionista
Acompanhamento Nutricional
Saúde da Mulher
Acompanhamento Nutricional para Vegetarianos e Veganos
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