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21 de novembro de 2024

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Por Elton Tada Publicado 10/05/2023 às 11h20
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Nem sempre acertamos, apesar de sermos dotados da capacidade de acertar. Mas, como você pode imaginar, não podemos acertar sempre, pois acertar sempre seria perfeição e a perfeição é desumana. Somos seres de acertos e erros e isso é normal, é cotidiano, é perfeito assim, como é. O problema é que nem sempre entendemos as regras do jogo nem como jogá-lo.

            Ninguém passa por treinamento antes de viver. A vida é o que se vive e pronto. Todo aprendizado que temos vem de duas formas, ou pela herança cultural e genética, ou pela percepção do que devemos ou não fazer a partir de nossos próprios erros. Normalmente essas formas de aprendizado são combinadas.

            A vida é frustrada pela dificuldade que temos de entender que somos seres do erro, mas apontados para o acerto. Queremos fazer as coisas certinho, a partir de uma ideia errada sobre o que é certo. Aprendemos sobre o que é certo e errado com pessoas que na maioria das vezes deram o seu melhor, aquilo que era possível naquele momento, mas que sem sombra de dúvidas poderiam ter sido bem melhores. Nós também, poderíamos agora e sempre, sermos seres bem melhores do que somos, mas não somos nem seremos, pois a vida nos convida ao erro constantemente e falhar faz parte do milagre de existirmos nesse mundo tão perfeito.

            Note que quem conta os pontos nem sempre escreveu as regras. Perceba que todo mundo xinga o juiz, mas pouca gente vai questionar quais são as regras do jogo. O que nos satisfaz, o que nos plenifica dentro de nossa individualidade, depende das regras que nós mesmos criamos ao longo da vida. Madre Teresa e Gandhi foram gigantes para o mundo, mas nunca saberemos como eles sentiam deitados no leito a noite, sozinhos no banho, pensando na vida.

            É normal nos sentirmos assim, limitados, pois assim o somos. Mas nossa limitação não nos desfavorece nas competições da vida. Somos todos limitados, cada um por sua própria cadeia, por seus próprios grilhões. Libertar-nos da prisão é sair do ego, fugir da sanidade, escapar na curva. Estamos navegando num oceano que não sabemos nem extensão nem profundidade, mas também, não precisamos saber.  

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