13 de junho de 2025

A história da doçura dos espumantes


Por Marcelo Copello Publicado 29/10/2020 às 10h55 Atualizado 19/10/2022 às 13h55
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Foto: Ilustrativa

Os espumantes que bebemos hoje tem sua doçura muito bem definida e classificada. No passado contudo os níveis de eram outros, bem maiores, chegando a níveis surpreendentes!

A maioria dos espumantes produzidos hoje no mundo está nas categorias seco (Brut) e meio doce (Demi-Sec). Veja a legislação para a doçura dos espumantes no Brasil e na Champagne-França.

Brasil

Nature: até 3
Extra-Brut: 3,1 a 8
Brut: 8,1 a 15
Sec/Seco: 15,1 a 20
Demi-sec: 20,1 a 60
Doce: 60,1 a 80

Chmapagne

Nature: até 3
Extra-Brut: até 6
Brut: até 12
Extra Dry: 12 a 17
Sec: 17 a 32
Demi-sec: 32 a 50
Doux: Acima de 50

Mas nem sempre foi assim. Você sabia que antigamente o champagne era uma bebida eminentemente doce? Os teores de açúcar foram caindo ao longo da história.

Até os anos 1920 era comum que a dosagem do champagne fosse determinada pelo mercado a que destinava. Em vez do uso de termos brut ou demi-sec, usava-se: goût anglais, goûtaméricain e goût français (respectivamente “gosto inglês”, “gosto americano” e “gosto francês”), em ordem crescente de doçura.

Estes valores variaram ao longo da história, mas há registros de que no fim do século XIX estes valores seriam de, para ingleses – 22 a 66 g/l; americanos – 110 e 165 g/l; e franceses – 165 a 200 g/l. As de “gosto francês” eram as mais exportadas para a Rússia, por exemplo, onde a preferência era pelos mais açucarados.

Lembro que hoje praticamente todos os espumantes do mercado estão abaixo dos 50g/l e que um Sauternes contém cerca de 100-150 gramas e que um refrigerante, tipo Coca-Cola, tem pouco mais de 100 gramas de açúcar por litro. Ou seja, antigamente os Champagnes eram mesmo muito doces!

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