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11 de maio de 2024

Oscar 2021: Os Curtas-Metragens de Animação


Por Elton Telles Publicado 30/03/2021 às 22h39 Atualizado 19/10/2022 às 10h21
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O Favor Rebobinar se propôs a comentar as três categorias do Oscar 2021 dedicadas aos curtas-metragens. Iniciamos a série com os documentários, e agora, a coluna faz breves comentários sobre os 5 finalistas em Melhor Curta-Metragem de Animação.

Estes são os indicados em ordem de preferência…

SE ALGO ACONTECER… TE AMO
Direção: Michael Govier, Will McCormack
12 min.

Da Netflix, “Se Algo Acontecer… Te Amo” é um drama sobre luto e reconciliação. Imerso em uma atmosfera melancólica, a começar pelo visual em preto e branco, o curta acompanha o processo de recuperação emocional de um casal que perdeu a filha em um episódio trágico. Enlutados, enquanto seus corpos estão em lados opostos, é interessante observar como o roteiro agrega uma dinâmica de vivacidade à história ao mostrar a interação das sombras dos personagens, evoluindo para um fluxo de memórias com resultado comovente.

É particularmente admirável como os realizadores, em uma brava demonstração de concisão, deram conta de desenvolver uma trama tão desoladora e eficiente em poucos minutos. Não é porque há uma brasileira (Julia Gomes Rodrigues) na equipe de animadores, não, “Se Algo Acontecer… Te Amo” é com folga o melhor candidato da seleção. 

“Se Algo Acontecer… Te Amo” está disponível no streaming da Netflix.

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ÓPERA
Direção: Erick Oh
9 min.

“Ópera” é um curta-metragem muito curioso, porque aparenta ser simples, mas é complexo e exige certa “disposição” do espectador. A ideia me lembrou a pintura clássica “O Jardim das Delícias” (1504), do Bosch, porque em um apenas um quadro, presenciamos várias interações entre indivíduos. É até difícil fixar os olhos e assimilar todas as ações que acontecem simultaneamente. No caso de “Ópera”, a estrutura é piramidal, o que já nos remete a uma organização social, dividida entre as pessoas que desfrutam das regalias no topo, enquanto a maioria se lasca na base.

O visual é deslumbrante e mistura conceitos antigos para fazer alusões contemporâneas, apresentando cenas que perpassam educação, religião, desigualdade, poder, terrorismo, entre outros pilares em que a nossa sociedade foi construída e se mantém até os dias atuais. Dirigido pelo sul-coreano Erick Oh, que ostenta no currículo trabalhos para a Pixar, “Ópera” é um filme que merece ser apreciado.

“Ópera” não está disponível em nenhuma plataforma.

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GENIUS LOCI
Direção: Adrien Mérigeau
16 min.

Eu acho que o curta-metragem francês “Genius Loci” não foi feito para ser compreendido em sua totalidade. É uma grande pira, na verdade, mas é preciso reconhecer que a estética é inventiva ao explorar diferentes transformações geométricas e todas as cores possíveis de um prisma. A narrativa é desafiadora, mescla misticismo e alucinações, com uma personagem feminina enigmática que sai tocando o terror em uma Paris caótica e concebida com toques de surrealismo. O play é por conta de vocês.

“Genius Loci” não está disponível em nenhuma plataforma.

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TOCA
Direção: Madeline Sharafian
6 min.

Antes de exibir um longa-metragem, é tradição a Pixar/Disney exibir um curta-metragem que leva a assinatura do estúdio. Como os cinemas permaneceram fechados no pandêmico ano de 2020, a animação indicada ao Oscar “Soul” não ganhou as telonas, mas caso fosse, era “Toca” que seria exibido como “aperitivo” aos espectadores. É um filme bem curtinho e ordinário. A história é de um simpático coelho que cava o subsolo para encontrar um espaço para ser sua toca, mas o subterrâneo está lotado de outros animais e todas as suas tentativas são frustradas. Embalado pelas composições de Mozart, o filme deixa como mensagem prezar pela boa convivência em comunidade. Fofinho e não passa disso.

“Toca” está disponível no streaming do Disney+.

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YES-PEOPLE
Direção: Gísli Darri Halldórsson
8 min.

Oriundo da Islândia, “Yes-People” é de longe o mais fraco da categoria. A técnica de stop-motion é bem feitinha, mas é um curta-metragem bem bobo, só apresenta um painel de personagens entediantes e fica por isso mesmo. É filme que não me diz absolutamente nada.

“Yes-People” não está disponível em nenhuma plataforma.

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