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26 de abril de 2024

Desigualdade é filha da desqualificação


Por Gilson Aguiar Publicado 17/10/2019 às 11h35 Atualizado 24/02/2023 às 15h34
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O Paraná tem apresentado uma concentração de renda. Para se ter uma ideia, 10% da população do Estado concentra 39,2% do rendimento. Lembrando que este tem crescido, em 2017 era de R$ 16,72 bilhões e em 2018 foi de R$ 17,65 bilhões.

Se levarmos em consideração a renda média, mensal do Estado, que é de R$ 2.436,00, há uma desproporção entre os mais ricos e os mais pobres. 1% da população do paranaense tem um rendimento de R$ 25.583,00. Já, 50% mais pobre tem um rendimento mensal de R$ 1.14,00.

Esta tendência de concentração de renda está ocorrendo nos últimos 5 anos. De 2017 para 2018 o bolo cresceu, mas a divisão se concentrou. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad).
A falta de qualificação dos trabalhadores brasileiros os deixam frágeis para qualquer mudança no ambiente econômico. Conforme a maré da economia ascende ou cai, os trabalhadores menos qualificados são os que mais sofrem os efeitos.

Muitos setores que tiveram um grande potencial produtivo em tempos de “vagas cordas” perderam fôlego e demitiram. A construção civil foi um destes setores. Os trabalhadores que foram demitidos buscaram alternativas e parte considerável migrou para a informalidade ou ainda está à procura de trabalho.

Por mais que se fale em políticas sociais, não podemos remediar. Apenas vamos aliviar a dor se tivermos em mente o foco em saídas de curto prazo. A qualificação do trabalhador brasileiro é urgente. Assim como a nossa vida, tudo o que estamos fazendo para viver um dia atrás do outro é remediação. As ações focadas em longo prazo são as soluções definitivas. Elas devem ter nosso foco, concentrar a maior parte de nossos esforços.

Enquanto não realizarmos um projeto de inclusão pela qualificação, teremos resultados medíocres ou retrocessos na distribuição de renda. O planejamento de um futuro para os brasileiros deve ser uma prioridade do poder público. Agir em todos os setores para incentivar a melhora da qualificação da população e assim reduzir a desigualdade de renda.

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